No vermelho, mas de pé.

Basta uma só corrida a qualquer supermercado para perceber a transformação drástica na prateleira de molhos de tomate. De poucos anos para cá, a gôndola, antes repleta de latas e caixas cartonadas, mudou de cara ao abrir-se a um mar  stand-up pouches. Essa estrutura flexível, além de apresentar atributos como maior leveza frente às embalagens alternativas, caiu no gosto do consumidor com uma intensidade que dificulta crer que essa tendência tenha arribado com relativo atraso por aqui, como constata Claire Sarantópoulos, pesquisadora científica do Centro de Tecnologia de Embalagens (Cetea) e sumidade nº1 em flexíveis no Brasil. Os bastidores dessa arrancada e as frentes para aprimoramento dos pouches são descerrados por Claire na entrevista a seguir.

PR – Qual a razão do predomínio de stand-up pouches entre as alternativas em flexíveis de embalagem para atomatados?
Claire Sarantópoulos – Na última década, o crescimento da utilização de flexíveis para acondicionar alimentos como alternativa ao metal, plásticos rígidos e vidro foi evidente e isso engloba as embalagens flexíveis autossustentáveis, conhecidas como stand-up pouches. As tecnologias de fabricação de filmes multicamada permitiram a combinação otimizada de diferentes materiais, resultando em estruturas com propriedades para atender aos requisitos de conservação de alimentos. Barreira a gás, ao vapor d’água e à luz, bem como resistência térmica e mecânica, rigidez e selagem hermética são propriedades que podem ser reunidas sob medida na embalagem flexível, qualificando-a como boa alternativa para os molhos de tomate. No mais, ela pode ser utilizada em processos assépticos de esterilização ou de esterilização/ pasteurização térmica. A composição de sua estrutura também pode ser ajustada para aquecimento em micro-ondas. O uso de stand-up pouches é tendência global, muito forte na Ásia, Europa, América do Norte e em vários países da América Latina. É uma embalagem de comprovado sucesso para produtos particulados, líquidos ou pastosos. O Brasil entrou nessa tendência tardiamente.

PR – Porque domina em atomatados a estrutura padrão de stand-up pouches à base de PET, alumínio e polietileno (PE)?
Claire Sarantópoulos – O filme laminado de três camadas PET/alumínio/PE é uma composição clássica no mercado de alimentos por combinar barreira ao oxigênio, ao vapor d’água e à luz. A mesma estrutura se aplica à conservação de derivados de tomate, categoria de alimentos sensível ao oxigênio e à luz, mas  apresenta um calcanhar de Aquiles: baixa resistência ao stress mecânico (“flexcracking”) frente aos impactos do processamento, do transporte rodoviário e da comercialização. Contudo, o desenvolvimento de novos revestimentos e novas resinas possibilitou a otimização de custo e propriedades em estruturas híbridas. Ou seja, filmes coex laminados a outros materiais.

PR – Qual a função exata de cada material da estrutura do pouch para o envase de atomatados?
Claire Sarantópoulos – A embalagem flexível para derivados de tomate necessita de uma camada interna selante hermética, normalmente da família de polietilenos de baixa densidade (PEBD), para prevenir a recontaminação microbiológica após o tratamento térmico, processo chave para a estabilidade do conteúdo em temperatura ambiente (“shelfstable”). Em geral, a camada externa é de PET, para prover rigidez, resistência à perfuração e brilho para acabamento da impressão. As camadas intermediárias serão responsáveis pela barreira ao oxigênio, barreira à luz e resistência mecânica. Além do alumínio presente na estrutura clássica, a parte intermediária das estruturas podem ser compostas por opções como AL/OPA, AL/PET, PETmet/CoexEVOH, PETmet/CoexPA, PETmet/CoexPA-EVOH, CoexEVOH. O mercado institucional pode usar filmes coextrusados, com impressão externa do tipo PE/EVOH/EVA, PE/PA/PE, PET/PE/PA/PE  etc. No caso de molhos, se a proposta do produto, em termos de conveniência, implica aquecimento da embalagem no micro-ondas, a camada de barreira deve ser transparente às micro-ondas. Assim, não deve ser utilizada para tanto a folha de alumínio nem metalização. As opções são estruturas coextrusadas com PA e/ou EVOH, ou filmes de PET ou BOPA revestidos com óxidos (AlOx e SiOx).

PR – Por quais razões têm sido desenvolvidas no Brasil novas estruturas de pouches para molhos de tomate? Quais as lacunas técnicas ou melhorias proporcionadas por essas soluções que a estrutura padrão não supre a contento?  
Claire Sarantópoulos – No Brasil, o emprego de stand-up pouches para derivados de tomate ainda apresenta limitações técnicas em termos de desempenho na linha do usuário, na distribuição, no varejo e no uso pelo consumidor. Isso requer melhorias em propriedades da embalagem a exemplo da garantia de desempenho das selagens, em especial para resistir às etapas de processamento térmico e aos impactos durante o transporte e distribuição num país de dimensão continental e estradas deficientes. Esses aprimoramentos estão associados a resinas, à combinação de camadas na estrutura, a equipamentos de envase e ao desenho de fundo do pouch, para realmente parar em pé, mesmo durante o consumo progressivo.

PR – O Brasil já produz ou importa bobinas dessas estruturas híbridas para o envase de molhos como os de atomatados?
Claire Sarantópoulos – O Brasil já produz as estruturas citadas, exceto filmes revestidos com óxidos transparentes. Porém, vários convertedores têm investido em otimizações.

PR – Quais tipos de falhas na embalagem poderiam comprometer a segurança alimentar do produto? Pela sua experiência no Cetea, quais as principais lacunas no desempenho de pouches para atomatados que transformadores e indústrias alimentícias andam mais empenhadas em corrigir ou aperfeiçoar?
 Claire Sarantópoulos – A atuação do Cetea na área de stand-up pouches tem sido intensa nos últimos anos, com foco no desempenho das selagens (em particular, nas regiões de junção de três partes no fundo do stand-up pouch), na resistência da embalagem aos impactos do transporte, na otimização das propriedades de barreira a gás e na solução de problemas de delaminação das estruturas metalizadas ou com folha de alumínio. O mercado de derivados de tomate é o que mais demanda soluções, pois exige resistência mecânica e térmica nas etapas de enchimento a quente e pasteurização do produto pastoso, e a falha na hermeticidade pode comprometer a segurança alimentar.

PR – Por que tomates pelados ainda são majoritariamente supridos em latas? É um nicho no qual stand-up pouches ou outras opções de flexíveis poderiam ou não avançar?
Claire Sarantópoulos – Acredito que a produção desse produto no Brasil seja desprezível frente ao contexto do mercado de atomatados. Julgo tratar-se de um mercado de nicho, com itens importados.

Sem chance

Por que o retorno dos molhos de tomate a caixas ou latas

é improvável

“Pela prateleira do supermercado, é possível inferir que os stand-up pouches já superam 90% de participação nos atomatados convencionais”, atesta Alan Baumgarten, diretor executivo Tradbor Stand-up Pouches. A ascensão, ele observa, transcorre há quase 10 anos. “A expansão dessa embalagem na categoria está chegando perto de seu ponto de maturidade total. Ou seja, o crescimento do uso dessa estrutura dependerá, cada vez mais, do avanço do reduto de molhos de tomate em si”, ele pondera. Baumgarten não pisa no tomate. Há 20 anos, sua empresa trabalha exclusivamente com stand-up pouches pré-formados utilizados no envase fill-seal (FS), sendo verbete no gênero pela autonomia no design, corte, dobra e solda do produto. “Chamamos esse processo de conformação. Em nosso modelo de negócios, realizamos o serviço tanto para convertedores, os fabricantes de bobinas, bem como para os clientes finais, que nos enviam essas bobinas adquiridas previamente dos convertedores de filme”, explica.
Apesar da presença maciça dos stand-up pouches em atomatados, Baumgarten não acredita que a estrutura flexível tire em defintivo de cena a lata, vidro e cartão. “Sempre haverá espaço para todos os tipos de embalagem, até porque cada uma possui prós e contras. Os consumidores, da mesma forma, têm suas preferências”, justifica com diplomacia. Ainda assim, acentua,  stand-up pouches demonstram aderência muito boa no segmento de molhos e continuarão na liderança absoluta.
Essa tendência, por sinal, se reflete nas operações da Tradbor e, por isso, a representatividade dos atomatados cresceu muito dentro do mix de produção nos últimos anos. “Houve a migração de parte dos stand-up pouches envasados em form-fill-seal (FFS), ou seja, com bobina, para o envase a partir de pouches pré-formados, em geral apresentando maior garantia de qualidade e simplificando os processos do cliente”, julga Baumgarten. Além da expertise na manufatura da embalagem pré-formada, a  Tradbor incorporou ao portfólio equipamentos de envase automático para essa aplicação. “A combinação assegurou nossa expansão”, atribui o dirigente.
Em pouches para atomatados fabricados pela Tradbor aparecem tanto estruturas com alumínio quanto aquelas desprovidas do metals, chamadas foilles. Conforme esclarece Baumgarten, a folha metálica é substituída por outros tipos de camadas de alta barreira. Contudo, revela a lupa da empresa, a maior motivação para o uso do alumínio ainda é o custo. “Do ponto de vista técnico, ou de barreira, não temos informação para opinar se uma estrutura híbrida polimérica seria melhor”, ressalva o transformador, comentando deparar de forma corriqueira com clientes solicitando ambos os modelos de pouches, com e sem alumínio. “No caso dos tipos pré-formados que fornecemos, em regra a estrutura com alumínio apresenta melhor desempenho no processo de envase”, insere o especialista.
Entre a clientela de atomatados, nota Baumgarten, praticamente não há procura por adereços nos stand-up pouches, como zíperes ou tampa. “Tais acessórios acrescentariam muito custo, mas não funcionalidade na embalagem, pois a maioria dos consumidores utiliza o produto de uma só vez”, ele explica. Há, no entanto, exceções para aplicações em food service, com embalagens de 1 kg ou mais, e condimentos como ketchup. Estes, por sinal, têm perfil de consumo diferenciado, sendo usados em porções. “Clientes de tais aplicações em geral mostram-se curiosos por soluções de refechamento”, complementa o industrial.
Baumgarten não vê problemas na utilização de stand-up pouches no fornecimento de tomates pelados, reduto onde predomina a lata. “Sem dúvida existem desafios. O envase seria um pouco mais complicado, pois envolveria a dosagem de sólidos e líquidos no mesmo processo”, assinala. Além disso, prossegue o diretor da Tradbor, o pouch confere um pouco menos de proteção física ao conteúdo sólido, por isso a preferência pela lata também tem correlação com a preservação do tomate inteiro, evitando que seja amassado na logística e no ponto de venda.

Cargill: a embalagem que dá o molho

A norte-americana Cargill exibe em seu portfólio marcas de atomatados como Pomarola, Tarantella, Elefante e Pomodoro, grifes ativos fixos na mesa do brasileiro. Ao longo dos anos, os molhos, polpas e extratos deixaram de ser supridos apenas em latas e embalagens cartonadas e se renderam à tendência sem volta na categoria: a adoção dos stand-up pouches. Hoje em dia, eles estão presentes em todas as linhas da empresa nesse segmento, percebe a gerente Tatiana Zambon.
Segundo ela, os pouches proporcionam benefícios em toda a cadeia. “Para o fabricante, a embalagem tem a facilidade de ser mais compacta, ocupando menor espaço de armazenagem e requerendo custo de frete mais baixo. Para o consumidor final, ela é econômica, prática para usar e fácil de descartar. Além disso, é higiênica e ocupa pouco espaço na despensa”, constata.
Esse tipo de embalagem flexível, aponta a gerente, requer barreira adequada ao oxigênio e resistência física para manuseio e transporte. “Deve ainda suportar a temperatura de pasteurização, acima de 90°C, e permitir impressão de qualidade para veiculação das mensagens do produto, tais como benefícios, informações nutricionais, modo de uso e as outras informações obrigatórias”, atesta a porta-voz. Em regra, os materiais mais comuns utilizados nos pouches da Cargill são laminados de PET com PEAD, mas alguns stand-up pouches podem também conter estrutura laminada com alumínio, dependendo de necessidades específicas que o produto exige.
Pela percepção de Tatiana, há dois pontos principais para a melhoria desse tipo de embalagem. A primeira está atrelada à resistência mecânica junto a barreiras a oxigênio. “Aprimoramentos como este serão sempre bem aceitos, desde que apresentem um custo compatível”, ela condiciona. Outra oportunidade, prossegue, é aumentar a viabilidade de reciclagem em larga escala. Como os stand-up pouches são normalmente estruturas que combinam diferentes materiais, sua recuperação ainda é um tanto restrita.
Tomates pelados ainda são, em sua totalidade, vendidos em latas e, deixa claro, a executiva, tão cedo os pouches não cruzam essa soleira. “Potencialmente, a embalagem flexível pode ser usada em toda linha de atomatados, no entanto, quanto maiores os pedaços que tiverem de ser embalados, maior a dificuldade do processo”, ela arremata.

Os seguranças dos pouches

Excelência na gôndola e shelf life exigem retaguarda de materiais de ponta

Desde sua estreia no Brasil, stand-up pouches para atomatados evoluíram e fornecedores de matérias-primas tiveram de correr atrás para ofertar soluções à altura da evolução. A norte-americana Dow marca de perto essa pulsação com diversas famílias de resinas e adesivos para as estrutura multicamada dos sacos. Para Rosana Rosa, líder técnica de aplicação para embalagens e plásticos de especialidades, a adoção dos pouches por diversas categorias de molhos de tomate veio para ficar. “Esse tipo de embalagem proporciona ganho de material e produtividade, pois é mais leve que qualquer opção rígida”, ela comenta. Na mão oposta do panorama há duas décadas, assinala, quando stand-up pouch começou a engatinhar por aqui, hoje o mercado interno tem à disposição um mostruário farto de equipamentos ligados à produção da embalagem.
“Os pouches chocaram o Brasil em atomatados ao deslocarem estruturas rígidas como embalagem principal”, analisa Rosana. Eles também revolucionaram o nicho de limpeza doméstica, porém no formato de refil. No início dessa migração, verifica a expert da Dow, houve muitas dificuldades com relação à estrutura dos filmes e a equipamentos adequados. “O mercado demorou para acordar e assim proporcionar sinergias entre máquina e material. Levou-se muito tempo para chegar, por exemplo, à espessura ideal e à resistência correta da película”.
A Dow comparece em stand up pouches  com polietilenos (PE) para laminação e coextrusão. Por sinal, selagem e hermeticidade dos pouches são características fundamentais para preservação do conteúdo envasado, considera Rosana. Aí entra a família de PE linear base octeno Affinity, recomendada para processos nos quais velocidade de máquina é crucial. “Essas resinas são adequadas porque selam em baixas temperaturas”, explica. Segundo a especialista, o uso desses grades têm efeito positivo sobre o custo, pois assegura alta produtividade ao cliente. Outro trunfo de Affinity é que, mesmo que entre em contato com o conteúdo, seja pó ou líquido, a selagem não fica comprometida, assegura Rosana. Por seu lado, a família Elite de resinas lineares base metaloceno também é  indicada para a camada selante, sobretudo em envase a quente, mas possui ponto de selagem mais alto. “Enquanto Elite começa a selar entre 105ºC e 110ºC, os grades Affinity só precisam estar entre 90ºC e 95ºC. Ou seja, se o produto entra na embalagem com 90ºC, Elite é mais recomendado”, considera Rosana.
Outra família de resinas identificada com o segmento de atomatados é Amplify TY, de polímeros funcionais para coextrusão, provedores de adesão a substratos tipo PE, polipropileno (PP), PET, copolímero de etileno e álcool vinílico (EVOH) e poliamida (PA). O portfólio Amplify, encaixa Rosana, serve para assegurar a durabilidade e integridade da embalagem. Completando seu leque de soluções para stand-up pouches, a Dow fornece os adesivos de laminação Adcote, base solvente, Mor-Free, este livre de solvente, e Robond, um adesivo base água.
Pelo acompanhamento de Fábio Agnelli Mesquita, gerente de engenharia de aplicação de PE em flexíveis da Braskem, único produtor no país do polímero, o volume de resina, sobretudo polietileno de baixa densidade linear (PEBDL), cresceu de forma significativa em embalagens flexíveis de molhos de tomate. “Stand-up pouch ganhou muito espaço em relação às latas usadas no passado”, ele nota. Além do mais, prossegue, pouches traduzem redução de peso e assim contribuem para economia de combustível e maximização do volume de produto no transporte, “além de proporcionarem maior segurança de uso”, ele enxerga. O sucesso da substituição da lata, ele atribui, é mérito do desenvolvimento de complexas estruturas laminadas, provedoras das barreiras necessárias ao acondicionamento do alimento.
Para stand-up pouches, a Braskem oferta uma gama completa de PEBDL, de excelência em quesitos ópticos tipo brilho, transparência e qualidade de impressão, fora resistência mecânica, velocidade de selagem e hermeticidade. Em lineares base buteno, a petroquímica disponibiliza os grades LF0720/21AF e LF1020/21AF, enquanto em hexenos os clientes podem contar com a resina HF2208S3. Na família dos octenos, merece destaque LL5801N. “Para aplicações mais nobres, dependentes de elevada velocidade de selagem e propriedades ópticas diferenciadas, destacamos o grade metalocênico Flexus 9212XP, de ótimo desempenho na laminação e melhor controle de COF (deslizamento) do filme”, sublinha o gerente. No portfólio da Braskem para pouches faísca também a resina de polietileno de alta densidade (PEAD) HE150, cujo chamariz é a rigidez conferida ao stand-up pouch. “O grade é de fácil mistura com quaisquer PEBDLs e não afeta significativamente as propriedades ópticas da embalagem”, completa o porta-voz.
No front dos agentes de barreira, sobressai para pouches a alternativa do álcool etileno vinílico  (EVOH). No Brasil, a Intermarketing comercializa a linha do grupo japonês Kuraray. O segmento de embalagens flexíveis para atomatados, pelas contas do engenheiro e supervisor técnico Guilherme Ferreira do Nascimento, cresce acima de 10% ao ano. O sucesso  dos stand-up pouches em molhos de tomate e similares, ele julga, decorre de  praticidade aliada à redução de preço na gôndola. “Essa estrutura tem um visual moderno e atraente e é mais fácil de manusear”, ele considera. Outro fator para o triunfo do pouch está calcado na sustentabilidade. “Ele é muito mais leve se comparado a um cartonado ou lata, implicando menor quantidade de resíduos descartados”, acrescenta Nascimento. Além do mais, sustenta, é mais fácil reciclar pouch contendo EVOH que embalagens compostas com metal e cartão.
De acordo com o engenheiro da Intermarketing, EVOH poderia substituir sem problemas o alumínio. Além de alta barreira, assevera Nascimento, o copolímero possui resistência superior à propriedade gelboflex, através da qual  basicamente se calcula a resistência do filme ao abuso mecânico por ciclos de torções. Para aplicações de atomatados, o grade de EVOH mais indicado por Nascimentro é F171 Kuraray EVAL, por possuir teor molar de etileno de 32%. “Prima pelo balanceamento em propriedades de barreira e processabilidade”, esclarece o engenheiro, projetando que um stand-up pouch com EVOH pode proporcionar shelf life de seis a 12 meses em temperatura ambiente. “A embalagem é capaz de reter aroma e sabor, mantendo o frescor do alimento”,  completa. •

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