Nas mãos de Deus

É oito ou 80 em utilidades domésticas (UDs) de plástico...

É oito ou 80 em utilidades domésticas (UDs) de plástico. Se, no piso térreo da categoria, marketing é um estranho no ninho do negócio, as marcas do último andar costumam badalar seus produtos em eventos e mídias do circuito arquitetura & decoração. Pois a Kaballa, focada em UDs de acrílico, sai fora deste quadrado com um histórico de merchandising em TV, como os blackbusters globais Big Brother e Mais Você, e até com o patrocínio de um filme, Diminuta, estrelado por Reynaldo Giannechini e rodado em Flores da Cunha, sede na Serra Gaúcha dessa empresa de 17 anos. “Ações em TV, rádio, revistas e atividades em escolas de design e no meio universitário nos trazem o prazer, a alegria de mostrar o que fazemos, levando a todos a visão holística do mundo e da Kaballa”, pondera Jones Pellini, diretor de marketing e novos negócios da transformadora, economista pós-graduado em Espiritualidade no Trabalho. “Tem coisas que só Deus explica e nos asseguram crescer pelos nossos princípios. Por exemplo, fomos procurados por equipes de produção para colocar produtos em novelas e reality shows e convidados por designers, arquitetos e professores de marketing para falar sobre as UDs e sua produção. Adoramos isto e aproveitamos as aparições para promover a Kaballa”.

Em seu sentido original, a cabala é ciência oculta do misticismo judaico mediante a qual as letras hebraicas da Torá embutem significado sobre Deus e as leis do universo, enigmas decifrados pelos cabalistas via meditações e chaves numéricas. Nessa trilha, para a cabala o acaso não existe; os acontecimentos resultam da lei de causa e efeito – tudo o que ocorre conosco foi criado por nós. “Chamei a empresa de Kaballa movido por inspiração espiritual e pela visão cristã”, conta Pellini.

Em temos de bons fluidos, ele relata, seu consumo mensal rondou a média de 12 toneladas de acrílico. Sob a crise iniciada em 2014, o índice mensal caiu pela metade. “Operando com ociosidade da ordem de 50%, nosso consumo acumulado de acrílico deve se aproximar de 58 toneladas este ano com vendas 20% abaixo de 2016”.

Três anos a fio de recessão atazanam, mas não alteraram um cisco sequer do foco da Kaballa. “O DNA da empresa é preenchido por produtos de alto consumo e vida útil acima de três anos; não são UDs descartáveis”, distingue Pellini. “É uma questão de filosofia de vida e sustentabilidade, objetivando a durabilidade, segurança e beleza mesmo que a população brasileira não tenha poder aquisitivo ou o hábito de não olhar apenas o preço, mas a qualidade das UDs”, assinala o dirigente. “É desafiador trabalhar assim no país, mas cremos na chegada dessas mudanças já enxergadas no mercado externo”.

No plano geral, polipropileno (PP) e, degraus abaixo, poliestireno (PS) dão as cartas em UDs de plástico. Pellini, no entanto, afirma ter se voltado para o acrílico fisgado pelo glamour do visual, segurança no uso, facilidade de lavar e manusear e zero risco de descoloração e de migração de sabores, odores e de contaminação de componentes do polímero no líquido acondicionado. No ranking de vendas da Kaballa, distingue o dirigente, o pódio é dos copos alojados nas séries água, drink e long drink. “Mas vale destacar o movimento sazonal de taças, categoria onde o modelo Monalisa é a menina dos olhos”, insere Pellini. “São taças para tomar um espumante em festas, à beira da piscina, em grandes eventos. Aglomerações de pessoas exigem segurança, glamour e beleza das UDs. Daí Kaballa nelas!” •

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