México: o impacto do veto às sacolas plásticas em Querétaro

Com menos de um milhão de habitantes, Querétaro, embora seja uma referência do turismo histórico, está longe de desfrutar o mesmo status da Cidade do México, cuja população ronda 9 milhões de pessoas, no ranking dos principais municípios do país. Mas onde há fumaça há fogo e o risco de adesão em massa de outras cidades não pode ser desconsiderado, dá a entender a preocupação manifestada pela Asociación Nacional de Industrias del Plástico AC (Anipac) com o voto unânime do Legislativo da capital do estado de Querétaro dado em 13 de dezembro à proibição da distribuição de sacolas plásticas descartáveis pelo comércio local. Tal como a lei promulgada pelo governo chileno em outubro de 2017, o governo municipal de Querétaro justificou o banimento das sacolas como medida de apoio à preservação ambiental e em linha com as propostas para o planeta reagir à ameaça das mudanças climáticas. Do seu lado, a Anipac trombeteou na mídia seu inconformismo com veto, classificando-o como um equívoco resultante do fato de as autoridades terem ignorado as recomendações do setor plástico sobre a questão, o que incluiu uma análise do ciclo de vida das sacolas e convites para visitas a recicladoras, de modo que os legisladores pudessem aferir os progressos feitos nesta atividade. Segundo divulgou a municipalidade, dois milhões de sacolas plásticas são distribuídas por dia na cidade e levam de 100 a 500 anos para sua degradação se consumar. Juan Antonio Hernández León, presidente da Anipac e de um grupo de 40 transformadores de sacolas chamado Industriales de Bolsas Plásticas de México AC, martela a tecla de que o decreto da proibição não constitui uma solução satisfatória, pois impacta na esfera dos postos de trabalho e não resolve o problema do inadequado gerenciamento do lixo de Querétaro. Na Cidade do México, segundo fontes como a CNN, segue em vigor desde 2009 a lei municipal que proíbe o uso no comércio de sacolas plásticas que não sejam biodegradáveis.

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