EUA: vendas de água superam as de refrigerantes

aguaA constatação já corre o mercado brasileiro em caráter extra oficial, mas acaba de inspirar um anuncio formal nos EUA. Varredura da demanda em 2016 empreendida pela consultoria Beverage Marketing Corp. atesta que, pela primeira vez, as vendas norte-americanas de água mineral superaram as de refrigerantes. Enquanto o consumo de água engarrafada subiu em torno de 8,5% no último período, o movimento de refrigerantes desabou 17% . “A água ganhou no volume de vendas, mas o refrigerante decerto mantém a dianteira em valor”, ponderou para a mídia Gary Hemphill, CEO da consultoria. No Brasil, a cúpula da Associação Brasileira da Indústria de Águas Minerais, assinala informalmente há pelo menos dois anos, que as vendas internas do produto, somadas garrafas descartáveis e garrafões, olham pelo retrovisor o movimento dos refrigerantes. Turbinada pelo chamado culto à saudabilidade e a ojeriza generalizada a bebidas gaseificadas e açucaradas, a tendência de declínio do consumo de refrigerantes acende uma luz vermelha para a cadeia do sopro de PET. Afinal, trata-se, no plano mundial, do quintal nº1 do poliéster, cujos demais mercados de massa nunca passaram do óleo comestível e da garrafa descartável de água. Até o momento, o setor de PET não encontrou uma alternativa de musculatura suficiente para contrabalançar o emagrecimento de suas vendas para refrigerantes. Para piorar esse cenário, as fontes de água mineral, obcecadas em reduzir a fatia da embalagem em seus baixos custos de produção, empenham-se ao máximo em baixar o peso das suas garrafas de PET, fator sempre lembrado entre as justificativas para o crônico excedente global da resina. Nos EUA, aliás, a posição de PET em água mineral ainda embute uma diferença –para melhor- perante ao mesmo cenário no Brasil: a presença da resina é bem mais avantajada no robusto reduto dos garrafões retornáveis, este dominado aqui, em caso mundial único e atribuído aos custos, por polipropileno (PP).

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