Esse mercado está no ponto

A gourmetização vibra em molhos e condimentos. E as embalagens ajudam –e muito– a temperar o pique das vendas

A veia de empreendedor e 15 anos de stress acumulado levaram Emerson Diogo dos Santos a demitir-se da múlti onde trabalhava bem no estopim da recessão, em 2014, para seguir seus instintos. Com desembolso inicial de R$ 1.660 e produção terceirizada, lançou no Paraná a marca Gonzalo de molhos de aura artesanal para carnes, como o argentino chimichurri, receitas aprendidas com um tio. No ano passado, o mostruário de sete tipos já aparecia em mais de 400 pontos de venda, a produção passou a ser própria e o uso de azeite de oliva e a ausência de sódio e conservantes químicos na composição trouxeram para a Gonzalo impensáveis consumidores vegetarianos e veganos.

O sucesso relâmpago da Gonzalo também provém de uma virada de 180 graus no perfil de um reduto alimentício hiper commodity, os molhos e condimentos, com salpicos diretos da reviravolta nas suas embalagens sopradas e flexíveis, como atestam as reportagens a seguir . A raiz dessa guinada à margem da crise foi traduzida assim pela plataforma de tendências Trendwatching: os consumidores inclinam-se por apreciar cada vez mais marcas, produtos e serviços que tragam novidade, dinamismo e diversão às suas vidas, itens também propelidos pela progressiva democratização do acesso à informação. Amarrando as pontas dessa percepção com os molhos e condimentos, está explicado o ibope atual das experiências gastronômicas, a onda de degustação de sabores e combinações longe do trivial. Dos programas de culinária na TV a fotos de comida nos facebook da vida, está em curso uma sacudida nos hábitos de consumo que glamuriza a gastronomia, a cultura valorizadora do ato de comer bem, refletida desde o preparo à experimentação dos pratos e sua harmonização com vinhos.

Quem acendeu o pavio desse rastilho foi a ascensão da classe média no início do século. O poder aquisitivo então energizado abriu o apetite desse público por uma frente nova no âmbito dos alimentos: os chamados produtos gourmetizados, como ilustra o depoimento ao lado do porta voz da catarinense Hemmer, sangue azul nacional em molhos e condimentos. Tratam-se de produtos que se acercam do conceito gourmet, a preços acima da média mas palatáveis, incutindo nas classes mais baixas o ilusório sentimento de que estariam assim, pela compra de algo com imagem premium, se aproximando de quem mora lá na cobertura com vista para o mar. Uma definição corrente de gourmetização: criar uma versão de luxo acessível e diferenciada de um produto ultra familiar ao consumidor. Por exemplo, maionese, em sua versão original, é o carro-chefe dos molhos, com penetração em mais de 80% dos lares. Mas são outros 500 quando ela é, por exemplo, combinada com alho ou azeitonas, ou então, seu rótulo ressalta ovos caipiras como ingrediente exclusivo.

Com cadeira cativa em condimentos, a boa e velha pimenta sai da vala comum para a suíte gourmet quando conjugada a molhos tipo alho ou barbecue. Este último, aliás, tem o apreço do público masculino, pois visto como complemento de uma especialidade culinária dessa tribo, o churrasco feito em casa. Aqui no Brasil, a diversidade cultural também contribui para enquadrar como gourmet condimentos e molhos de raízes étnicas, como os sabores asiáticos, assim como a busca crescente por saúde & bem estar inspira o lançamento de produtos como ketchup, mostarda e maionese sem lactose ou glúten, ou então, com ingredientes orgânicos ou reduzido teor de sal, gordura saturada, açúcar, aditivos e por aí vai.

Nos bastidores do bom gosto

Hemmer tem doutorado em abrir o apetite

Em 1915, Heinrich Hemmer começou a fabricar e vender chucrute em Blumenau. Foi o pontapé inicial de um portfólio que hoje comporta mais de 300 itens, de cervejas artesanais, conservas e sobremesas, um universo onde sobressai a constelação de dezenas de tipos de molhos e condimentos da Hemmer Alimentos, hoje comandada pela quinta geração da família controladora. Com capacidade para processar 15.000 t/a de alimentos, a empresa catarinense, maior importadora nacional de sementes de mostarda, tem singrado na maré alta da gastronomia mediante a oferta de molhos convencionais em versões diferenciadas, caso de ketchup com curry ou maionese com tomate seco, além de embarcar em acepipes como mostarda com chardonnay, molhos barbecue com mel, de alho com pimenta ou de tomate com cogumelos. Nesta entrevista, o gerente comercial Elisandro Nunes da Rosa expõe a afinidade da Hemmer com os novos hábitos de consumo de molhos e condimentos, assim como seus critérios para selecionar embalagens.

Rosa: produtos sintonizados com o preparo da comida
em casa.

PR – Como a Hemmer tem desfrutado, com seus molhos e condimentos, o culto crescente no Brasil à gourmetização e gastronomia?
Rosa – Nós acreditamos que a gastronomia promove encontros entre as pessoas, seja dentro ou fora de casa. Com esse interesse delas por cozinhar mais em casa, a Hemmer também está se adaptando para levar facilidade a estes momentos. Além do mix de produtos, estamos apostando na proximidade com o consumidor. Por exemplo, introduzimos este ano novas versões de e-commerce e de site, com mais conteúdo de receitas para o público saber que pode contar conosco. Entre os molhos e condimentos, um dos grandes destaques foi o lançamento da linha de maioneses saborizadas, perfeitas para serem servidas acompanhadas de pães e torradas e já possuem um sabor incrível sem grandes preparos. Mas, no plano geral, toda a linha da Hemmer –mesmo as azeitonas (também vendidas em sachês), os pepinos, palmitos e demais conservas– tem tudo a ver com esse novo momento de cozinhar em casa, pois tratam-se de alimentos super práticos para se montar entradas, por exemplo.

PR – No vasto mostruário de molhos e condimentos da Hemmer, quais as linhas de produtos mais afetadas por três anos seguidos de recessão e quais delas têm conseguido crescer em vendas nesse período?
Rosa – Não tivemos nenhuma linha com ascendência ou queda acentuadas. O cenário de recessão fez com que, ao mesmo tempo, as pessoas consumissem menos, mas também optassem menos por comer fora. Então, o que podemos dizer é que a Hemmer foi impactada, sim, mas de maneira bastante comedida se comparada a outros setores. Não divulgamos números.

PR – Quais os critérios considerados pela Hemmer para decidir se uma embalagem para molhos e condimentos deve ser de vidro, metal ou plástico?
Rosa – Uma das questões mais importantes para todas essas decisões é a qualidade do produto. É esse o aspecto que norteia todos os processos dentro da Hemmer e a escolha da embalagem não é diferente. Hoje em dia, nossas linhas de mostarda, ketchup, mostarda e molho barbecue, por exemplo, são acondicionadas em frascos de PET, pois proporcionam maior impermeabilidade ao oxigênio. Já os rótulos são de filmes biorientados de polipropileno (BOPP) perolado, garantindo que não sofra alterações quando exposto a umidade. A alteração dos rótulos aconteceu em 2015, paralela a total reestruturação tecnológica na linha de produção, hoje com capacidade para envasar, por exemplo, 150 frascos de mostarda por minuto.

PR – Com frequência, a Hemmer adota embalagens transparentes e opacas para os mesmos produtos. Qual a explicação para esse procedimento?
Rosa – Quando não há interferência na qualidade, buscamos um produto que fique agradável esteticamente na gôndola.

PR – No portfólio de molhos e condimentos, a categoria dos atomatados é a única a oferecer produtos em pouches e a única a não apresentar frascos plásticos. Por que?
Rosa – No caso dos atomatados, é um padrão de mercado. Os sachês são bastante comuns nesta área. Nós buscamos trabalhar também com esse tipo de embalagem, por exemplo, com as azeitonas e alcaparras. Buscamos dar praticidade e custo-benefício ao consumidor, por isso, oferecemos também estas opções.

PR – Em média, com qual frequência a Hemmer renova suas embalagens de molhos e condimentos?
Rosa – Nossa última grande mudança aconteceu em 2015, iniciando pela linha de molhos e seguindo para o restante do mix. A estética, claro, é um fator importante. Apesar de ser uma companhia com 102 anos, a Hemmer tem um investimento constante em qualidade, renovação e inovação. Quando fizemos as alterações, queríamos que isso também passasse ao consumidor.

O sabor trajado a rigor

As resinas, frascos e pouches que vestem o prazer de comer

Molhos cremosos como maioneses são suscetíveis à perda de qualidade durante a estocagem, por fatores como a oxidação de gorduras, alterações físico-químicas decorrentes da interação entre ingredientes e contaminação e desenvolvimento de bactérias, fungos e leveduras. Entre as soluções bem sucedidas para evitar tais reveses e assegurar a chegada do alimento incólume à mesa do consumidor, as embalagens flexíveis, como sachês e pouches laminados, imperam nos pontos de venda extrapolando dos molhos tradicionais para a galeria dos tipos étnicos gourmetizados, a exemplo de curry, yakissoba e creme goulash. “Além disso, embalagens de molhos e condimentos devem resistir a processos críticos como, em muitos casos, o envase sob altas temperaturas”, insere Gianna Buaszczyk, engenheira de pesquisa e desenvolvimento da Dow.

Nº1 mundial em polietilenos (PE), a Dow veleja por flexíveis talhados para molhos e condimentos com três famílias de materiais no balcão: as séries de PE Innate e Dowlex GM e os elastômeros poliolefínicos Affinity. Gianna retoma o fio realçando os préstimos de Innate e Dowlex GM para stand up pouch (SUP). Conforme justifica, os grades de Innate primam pelo singular balanço entre tenacidade e rigidez. Isso constitui um trunfo chave, ela nota, para o envase, estocagem e disposição do produto na gôndola. Outro ás que ela tira da manga de Innate é a excelência em relação à resistência à queda, rasgo e perfuração. Gianna completa os predicados com um atrativo de auréola sustentável e do agrado do bolso do transformador. “Innate permite a redução no peso/espessura da embalagem sem afetar seu desempenho mecânico”, acena a executiva. Na raia das resinas de baixa densidade linear Dowlex GM, Gianna sublinha o magnetismo estético proporcionado aos SUP por seu brilho e transparência. Já a família Affinity é direcionada pela engenheira para a selagem hermética. “Destaca-se pela resistência na selagem sob baixas temperaturas e a quente (hot tack), entregando assim uma embalagem mais segura, sem microfuros e com menos risco de contaminação gerada por fatores externos, caso de fungos e bactérias”, explica a técnica.

Em flexíveis multicamada como SUP para molhos, o filme biorientado de poliéster (BOPET) é empregado para prover resistência mecânica e preencher as expectativas no âmbito da impressão. Para substituir esta película, Gianna serve à mesa o verniz de alto brilho Opulux HGT. “Também aumenta a resistência térmica e química da embalagem e sua aplicação pode ser feita diretamente durante a impressão, substituindo a etapa de laminação exigida no trabalho com BOPET e contribuindo asism para a economia energética e redução do ciclo de produção da embalagem”. Para estruturas dependentes de laminação, Gianna empunha o adesivo base solvente Adcote L805 A/C. Sem bisfenol A em sua composição, conforme requer a regulamentação europeia e norte-americana para embalagens alimentícias, frisa Gianna, este adesivo da Dow é recomendado a flexíveis de alta resistência térmica, como produtos envasados a quente. As vantagens conferidas por Adcote L 805 A/C, ela pondera, estão lastreadas em seu elevado teor de sólidos, o que diminui em 15-20% a quantidade de solvente em sua formulação perante as demais opções de adesivos no gênero disponíveis na praça, compara Gianna.

Pouches para molhos e condimentos também não saem da mira da subsidiária local da componedera norte-americana A.Schulman. Entre as formulações ofertadas, destaque para o concentrado de aditivo Polybatch Easypour. “Uma vez acrescido à camada interna de uma estrutura multicamada, ele modifica a tensão superficial, permitindo que os conteúdos fluam mais facilmente”, explica o gerente comercial Roberto Castilho. “Além dessa vantagem, a incorporação do aditivo possibilita, por exemplo, a redução de contaminantes nas áreas mais críticas de vedação de um pouch ou sachê submetido ao processo form-fill-seal, melhorando portanto a integridade da embalagem”.

Procurada por Plásticos em Revista, a Braskem, única produtora de polietileno e polipropileno (PP) do país, preferiu não dar entrevista.

Ferro na lata
A operação brasileira da norte-americana Bemis, blue chip global em flexíveis, alargou sua presença em molhos e condimentos com o desenvolvimento de um stand up pouch (SUP) para atomatados para food service das marcas Elefante e Pomarola da Cargill. “A empresa optou pelo SUP por garantir a mesma proteção da lata de aço substituída, além de considerá-lo uma embalagem mais prática e segura”, justifica Karla Barrios, especialista de mercado da Bemis Brasil. No mais, encaixa, SUP embute vantagens sobre a lata como redução de peso, baixo custo, melhor facing e qualidade de impressão.
O laminado concebido para a Cargill, assegura Karla, mantém o shelf life de 720 meses assegurado pela lata ao molho de tomate. “Este SUP com camada externa de alto brilho é impresso por rotogravura, processo de alta definição de imagens, e o formato da embalagem proporciona uma experiência melhor de consumo e exposição harmônica no ponto de venda”. Conforme esclarece a executiva, o laminado é constituído por quatro camadas: filme de PET biorientado (BOPET)/ BOPET metalizado /filme coex de polietilenos não especificados. “A película de poliéster metalizado substitui a barreira provida pela folha de alumínio”, assinala Karla. O mercado de atomatados, ela enxerga, é uma frente ampla para SUP, já entranhado em molhos e condimentos, bombar nas gôndolas mordendo os calcanhares da lata, vidro e caixa cartonada.

Barreira reforçada
Como dão a entender portfólios de joias da coroa como Unilever e Hemmer, os frascos vítreos de PET mandam bem no envase de molhos e condimentos, apesar de senões financeiros da manufatura em relação aos indicadores do rival polietileno de alta densidade, poliolefina campeã em recipientes opacos. “O frasco transparente tem o atributo de expor o conteúdo ao consumidor, tornando o produto mais atraente e contemplá-lo com uma aparência premium”, pondera Paulo Carmo, gerente do negócio de embalagens da base no Brasil da canadense Husky, fina flor mundial das injetoras de pré-formas. “A questão central é o fato de a instalação do sopro de PEAD custar menos que o de PET e ser mais interessante em volumes fragmentados”, ele argumenta. Na ponta do lápis, conclui, a operação com a poliolefina convém mais que o trabalho com PET em termos do investimento em ativos de produção, embora seu custo operacional seja maior.

Apesar desses cálculos a frio, PET, como embalagem premium, casa com o conceito de venda de produto gourmet, repisa Carmo. “Além disso, nota-se no mercado de molhos e condimentos a substituição do vidro, mantendo-se com PET a percepção do interior da embalagem pelo consumidor e garantindo segurança no manuseio do frasco. No embalo, o executivo ressalta para este segmento em busca de maior rentabilidade na garupa da gastronomia, um heureca tecnológico no bojo da plataforma HyPET HPP5 da Husky, capaz de incutir a percepção de valor em produtos a preço acessível: PET com barreira para alimentos líquidos sensíveis. “As pré-formas multicamada asseguram a produção de frascos econômicos e cujo poder de barreira a gases reforça a garantia de shelf life e integridade adequada a produtos sensíveis como molhos e condimentos”. Neste segmento onde prevalecem os recipientes menores, exige-se que os produtos, fora o chamariz da transparência, contem com propriedades de barreira aprimoradas para suportar a vida útil do conteúdo armazenado.

No momento, PET virgem dá as cartas nos frascos de molhos e condimentos, observa Theresa Moraes, gerente comercial da M&G, maior produtor do poliéster no país. “Mas algumas marcas já recorrem a PET com barreira de poliamida para produtos cuja integridade depende do maior poder de barreira da embalagem”, ela encaixa. Na linha de raciocínio de Paulo Carmo, Theresa constata a presença de PET contribuindo para a imagem premium de molhos e condimentos de marcas caseiras às icônicas Heinz e Hellmann’s.

O sopro bem temperado da Pavan Zanetti

A Pavan Zanetti imprime sabor picante à produção de frascos para molhos e condimentos com as linhas de sopro por extrusão contínua Bimatic e de pré-formas Petmatic, indica o diretor comercial Newton Zanetti. “No processo com polietileno de alta densidade (PET), a principal preocupação refere-se à perfeição na cor e ao acabamento sem marcas da extrusão”, observa. “Muitas vezes o aumento na velocidade da extrusão incorre em inaceitáveis falhas no visual da embalagem”. Na esfera dos frascos de PET, o diretor enxerga o espaço para suas linhas seriadas em embalagens com menos ovalização e bocais mais padronizados. Entre os modelos mais procurados, Zanetti distingue as sopradoras PET 3C/2L dos sistemas 4.000 e 5.000. Para frascos de PEAD, a pedida são os equipamentos BMT 3.6D, BMT5.6D/H e sua versão híbrida, BMT5.6D/HY, ele conclui.

Manuseio facilitado
O molho caesar da Hellmann’s é particularmente apreciado pela Globalpack, cinturão de ouro nacional no sopro de PET e PEAD. A empresa fornece os curvilíneos frascos transparente para esse produto da Unilever e outros verbetes do mesmo segmento, como o catchup Etti, marca da Bunge Brasil, e o molho shoyu da Sakura. Dirceu Dias, gerente de inovação da transformadora, capta as emanações da cultura gourmet nas embalagens encomendadas. “Além de cores ou tonalidades diferenciadas, são indicadores nesse sentido a preferência das indústrias de molhos e condimentos por atributos como brilho, transparência vítrea e pega facilitada”, ele nota. “Os frascos deixaram o design cilíndrico convencional em prol de formatos user friendly (manejo melhorado). Além da facilidade de pega, o manuseio ao servir ganhou grande relevância e, conceito muito explorado em cosméticos, os frascos upside down (de ponta cabeça) estão consolidados em condimentos”.

Em molhos e condimentos, atomatados são um mega palco onde coexistem apresentações em PET, PE, vidro e lata. Mas as embalagens plásticas, distingue o gerente, configuram uma evolução perante as alternativas. “Questões de barreira relacionadas a shelf life podem explicar a demora na migração de alguns produtos para o plástico”, conjetura Dias. “Mas já existem soluções para isso e, em breve, como demonstra o cenário em ketchup, as embalagens plásticas envasarão atomatados em todas as frentes”.

Um troféu no show room da Globalpack é o frasco de PET para a versão tradicional de molho shoyu da Sakura, embalagem aliás fornecida pelo processo de sopro in house e fruto de convencimento exercido pela transformadora. Em seu segmento, assevera Dias, a Sakura é pioneira em passar o envase do vidro ao poliéster. “Ficou claro que o custo/benefício de PET era excelente e que a tradição da marca Sakura não seria afetada pela substituição”.

Na raia dos frascos de poliolefinas para molhos e condimentos, a LyondellBasell, formadora mundial de opinião e preços no ramo, acena com auxiliares de ponta: a linha Adflex Q 100 F de modificadores provenientes da tecnologia Cattaloy. “Quando adicionados a embalagens de PP ou PE, esses aditivos aumentam muito a flexibilidade, permitindo assim que o alimento viscoso saia mais facilmente da embalagem”, esclarece Ademir. Lívio, gerente responsável pelo mercado sul-americano da petroquímica holandesa.

Do óleo comestível aos molhos
Expoente do Brasil em tampas para embalagens de alimentos e cosméticos, a Qualinjet percebe a transposição para molhos e condimentos de um avanço fincado em óleo vegetal acondicionado em PET. “Trata-se da tampa produzida com flip e lacre, o que diminui seu custo, também adotada para frascos de molhos como shoyu”, indicam o diretor geral José Maria Venâncio e a diretora Tatiane Lima. “Elas melhoram a vedação, zerando o risco de vazamentos e a possibilidade de deixar o molho oleoso”.

Venâncio e Tatiane chamam a atenção para a redução de peso buscada para embalagens de molhos e condimentos, leveza também viabilizada pelo emprego de injetoras de ciclo rápido para as tampas em geral de PP. Entre as opções de seu mostruário, a diretora acena para este segmento alimentício com o apelo da inviolabilidade de dois produtos. “Nossas tampas Childproof e rosca 18 agregam lacre, poupando assim despesas e tempo ao cliente, pois não precisará recorrer a fornecedores desse recurso complementar da vedação do frasco”, completa a diretora. •

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