Essa luz não apaga

Tubos: Sul é o pivô do maior segmento consumidor de PVC.

Com cadeira cativa na linha de frente da transformação nacional de plástico, a região sul permanece o bom bocado do país, em tecnologia e capacidade, para redutos a exemplo de tubos, nãotecidos ou utilidades domésticas, além de repartir por igual com o Sudeste a última palavra em peças técnicas. Entre os créditos dessa excelência, sobressaem a escora das petroquímicas em Triunfo (RS) e das ferramentarias da serra gaúcha e Joinville (SC), e o empreendedorismo e inventividade que grassam tanto em celebridades da indústria, a exemplo das inovações em calçados femininos que catapultaram a Grendene, até empresas menores como a Biotecno (veja na última página) antenadas no mercado médico-hospitalar. Nesta entrevista, Otávio Carvalho, diretor da consultoria MaxiQuim, sensor do plástico no país com sede em Porto Alegre (RS) disseca o DNA e a taxa de glóbulos azuis que explicam porque a transformação do Sul continua vendendo saúde.

Carvalho
Carvalho: produção de transformados avança na região.

PR – Quais as principais mudanças notadas na indústria de transformação de plásticos na região sul, nos últimos quatro anos?
Carvalho – O Sul tem diversas subregiões de características bem definidas, seja pelos mercados locais, seja pelo perfil dos empreendedores. Houve momentos em que os segmentos voltados ao agronegócio patinavam, enquanto os que dependiam do mercado automobilístico vinham crescendo rapidamente. Hoje temos o inverso. Mudam os mercados, as tecnologias evoluem, a infraestrutura patina. Mudam as políticas de incentivos, criam-se novos mecanismos, mas a indústria de plásticos permanece estruturalmente atada a seus mercados e suas intempéries. Temos notado cada vez mais empresários preocupados com seus negócios e em buscar formas de mantê-los rentáveis. A profissionalização é inexorável e a competição não é mais local, mas nacional e até global em determinados segmentos. Daí a busca constante por aprimoramento técnico, participação em feiras e eventos, missões internacionais. Também constatamos uma tendência à internacionalização das empresas e certo apetite estrangeiro por empresas locais, embora esse movimento tenha sido mais visível há alguns anos.

PR – A seu ver, as vendas dos transformadores do Sul a outras regiões aumentaram, caíram ou ficaram estáveis de quatro anos para cá?  
Carvalho – As vendas cresceram, sem dúvida. Mas não tanto em volume, mas sim em valores, por conta do repasse de aumentos de custos de matérias-primas, energia, mão de obra. Há também uma tendência clara na direção da sofisticação de produtos em geral, desde sacos industriais a peças técnicas, de sacolas a embalagens com barreira. Nessa questão, P&D tem papel relevante. Embora boa parte desse movimento seja motivado pelos clientes dos transformadores, percebemos que os empresários se preocupam cada vez mais em adicionar conhecimento e tecnologia a seus produtos.

PR – No balanço de 2013, qual a sua estimativa da participação do Sul no consumo nacional de plásticos e qual era essa participação em 2009?
Carvalho – No momento, nossos dados apontam para uma parcela de 32% do total produzido no país oriundo da região sul, com Santa Catarina liderando e Rio Grande do Sul e Paraná disputando o segundo lugar. Houve perda de participação, pois em 2009 essa fatia era de 37%. O fato é que, nesses últimos anos, houve um crescimento acelerado da produção e da demanda no Norte/Nordeste, enquanto o Sul cresceu lentamente.

PR – Pelo seu conhecimento, quais os principais investimentos programados pela indústria de transformação no Sul para 2015 em diante?
Carvalho – De fato, sempre presenciamos investimentos acontecendo. Os transformadores seguem comprando máquinas, ainda que com menos ímpeto no ano corrente. Mas, sim, houve momentos em que novas fábricas se instalavam na região e geravam crescimento acelerado na demanda de resinas. Isso porque havia programas de atração de investimento mais agressivos. Hoje em dia,  os investimentos se baseiam muito mais na ampliação da capacidade existente do que em novos entrantes. Por isso, são mais pulverizados do que concentrados. Não há um projeto único que se destaque, mas sim um conjunto de projetos. Talvez os mais relevantes estejam justamente concentrados no norte catarinense, para servir à nova montadora (N.R.- BMW) que está se instalando ali.

PR – Há segmentos de transformados ainda pouco ou mal explorados no Sul?
Carvalho – A região, como um todo, é bem servida em praticamente todos os segmentos.Ela abriga transformadores operando com fibras, ráfia, nãotecidos, tubos, termoformados, perfis, filmes, injetados e soprados. É difícil pensar em algum segmento que já não seja bem explorado no Sul.

PR – Salvo exceções como Grendene e vips em tubos e descartáveis, a transformação do sul prima, em geral, pela timidez quanto a investir em filiais em regiões mais distantes e promissoras,tipo Centro-Oeste ou Nordeste. Como interpreta essa postura?  
Carvalho – Não há dúvida que houve, recentemente, certo movimento de descentralização. Diversos transformadores rumaram para o Norte-Nordeste em busca de oportunidades e incentivos fiscais. Alguns também rumaram para Minas Gerais e Rio de Janeiro. O Centro-Oeste ainda é pouco visível no mapa da transformação. Os incentivos têm um importante papel nessa descentralização, mas a principal motivação vem do mercado. Há clientes que podem ser servidos à distância. Quanto a outros, o custo do transporte pode inviabilizar as vendas. Cada produto tem sua lógica e sua logística. Evidente que o segmento de calçados buscou mão de obra mais barata para enfrentar os chineses. O pessoal de tubos e de descartáveis tem sua motivação no custo do transporte. As empresas de autopeças vão atrás das montadoras e seus sistemistas. Claro que as grandes empresas tendem a ser as pioneiras nessa descentralização geográfica. Mas há casos de empresas médias ou pequenas fazendo o mesmo, embora sigam sendo a minoria nesse movimento.

PR – A seu ver, a volta do setor nacional de transformação de plástico às taxas mais satisfatórias e constantes de crescimento se dará com rapidez ou lentidão a partir de 2015?   
Carvalho – Na minha visão, o Brasil só cresce rapidamente ao sair de crises, como ocorreu em 2010. Já o retorno ao crescimento sustentado, mais robusto, de longo prazo, seria advindo de uma série de reformas estruturais a exemplo da fiscal, trabalhista e previdenciária, além de importantes investimentos estruturantes como em logística e na oferta de energia. Quem quer que seja o presidente nos próximos quatro anos terá de equacionar essas questões. Não sou otimista a ponto de ver isso ocorrer em 2015. Além disso, estamos inseridos em um contexto internacional de desaceleração das economias emergentes, o que nos afeta pelo canal comercial e financeiro.

 

Dá para crescer bem mais
Transformação paranaense anseia por reformas estruturais para expandir
especial2
Montadoras no Paraná: chamariz para investimentos na transformação.

Apoiado em 863 indústrias na ativa, o Paraná responde por 8,3% do efetivo de transformadoras de plástico no país e ocupa o terceiro lugar nesse ranking, delimita pente fino do Sindicato da Indústria de Material Plástico no Estado do Paraná (Simpep). Em número de empregados, o Estado ocupa a quarta posição, com 26.000 trabalhadores. Apesar de os números não serem modestos, Denise Dybas Dias, presidente da entidade, constata que o crescimento de seus associados anda abaixo do esperado. Cinco anos atrás, o Simpep aferia 922 empresas em campo, a cavaleiro de 25.700 empregados. “Continuamos com a mesma posição de participação do setor no Brasil”, interpreta a dirigente. “É mais um alerta sobre a estagnação da indústria, falta de investimento e pessimismo sobre o futuro”.
No balanço dos últimos quatro anos, expõe Denise, a produção paranaense de artefatos plásticos aumentou, em média, 2,8% por exercício. “Uma expansão inferior à desejável, se comparada ao aumento em torno de 4% ao ano do consumo aparente entre 2009 e 2013”.  No mesmo período, ela toca em frente, as importações de transformados plásticos cresceram 11%, enquanto exportações recuaram 3,4%. Noves fora, percebe a presidente do Simpep, houve relativa desaceleração da atividade industrial, com perda significativa e crescente de mercado interno para os transformadores do Paraná, tirando-lhes ainda fôlego para disputar no exterior. No mais, arremata Denise, seu setor não escapa das travas comuns à indústria no plano geral. “Além do  Custo Brasil, tratam-se de fatores como câmbio valorizado, alto preço das resinas no país e políticas protecionistas inadequadas. “Até mesmo incentivos fiscais, que deveriam servir de suporte ao desenvolvimento de um setor, acabam limitando o crescimento da indústria”, ela complementa.
A transformação paranaense é bem diversificada, considera Denise, elegendo entre os pontos altos os segmentos como os de embalagens, construção civil, descartáveis e eletrodomésticos. As oportunidades de negócios ao alcance do setor são palpáveis, ela julga. “No caso da indústria automobilística”, exemplifica, o Paraná aloja seis grandes montadoras, algumas em processo de ampliação, e o governo estadual negocia a vinda de outras duas”.
O Paraná também bate um bolão no campo da sustentabilidade. “Com investimentos de ordem de R$ 20 milhões até 2015, o modelo de logística reversa implantado no Estado já beneficia 70 municípios, com processamento anual de 1.800 toneladas de resíduos”, sublinha Denise. Por trás dos bons resultados está a Central de Valorização de Materiais Recicláveis (CVMR), fruto de parceria entre o Instituto Lixo e Cidadania, Ministério Público do Trabalho do Paraná, Ministério Público Estadual, Secretaria Estadual do Meio Ambiente, Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis e Sindicato das Indústrias de Bebidas no Paraná. O Simpep está entre quem financia e apóia o projeto, amarra a presidente, salientando o impacto social gerado pela atividade da Cooperativa Cataparaná.
Pelo flanco dos investimentos na produção, avalia Denise, “nem todas as transformadoras do Estado souberam aproveitar corretamente, mediante estudo ou planejamento, as linhas de crédito da Finame para compra de equipamentos. “Isso gerou uma condição de aumento de capacidade em algumas empresas, mas sem contarem com o lastro financeiro necessário para viabilizar um crescimento real”.
O Simpep abriu o ano com projeções tingidas de pessimismo. No entanto,virada a página dos primeiros seis meses, Denise vê razões para vislumbrar a chance de pequeno crescimento. “Alavancados por incentivos governamentais recebidos por seus clientes, alguns setores da transformação tiveram expansão um pouco maior do que o previsto no primeiro semestre”, esclarece. “Mas no plano geral do setor, 2014 deve fechar como um ano sem grandes progressos”. Para a indústria brasileira de artefatos plásticos  entrar nos eixos de uma expansão robusta e sem passos erráticos, Denise cobra reformas estruturais do governo, seja qual for o vencedor das  eleições em outubro, em particular nas áreas tributária e trabalhista. No âmbito desta última, ela se inquieta com a escassez de pessoal, vácuo a perdurar “se o governo não se preocupar em educar e formar mão de obra com qualidade”, pondera Denise .

 

Caça à expansão
Evolução é ditada por artefatos de maior valor e dependentes de mão de obra intensiva e especializada.
Filmes: segmento consolidado em Santa Catarina.
Filmes: segmento consolidado em Santa Catarina.

Após vencer o páreo para sediar a fábrica brasileira da BMW, Santa Catarina quer atrair mais montadoras. Quem sai ganhando é também a indústria de plásticos. “O nicho de injetados tem  grande potencial de expansão em vista do polo automotivo em formação no Estado”, aposta Albano Schmidt, presidente do Sindicato da Indústria de Material Plástico de Santa Catarina (Simpesc). A acalentada chegada de novas grifes de automóveis, inclusive, já pesa numa mudança do perfil industrial local. “Haverá outro tipo de transformação, mais especializada, com maior uso de mão de obra e melhor capacidade de agregação de valor”, destaca o dirigente, ressaltando que, proporcionalmente, volumes fornecidos deverão ser menores.
A sofisticação da indústria transformadora catarinense já acarretou incremento anual de 14% no faturamento e de 4,8% no número de empregos nos últimos quatro exercícios, estabelece Schmidt. Em contraste, entre 2009 e 2013 o aumento no consumo de resinas foi de apenas 1,6% ao ano no Estado. “Ficou abaixo do desejado, mas não do esperado em virtude da conjuntura brasileira e do momento vivido pela indústria”, justifica o porta-voz do Simpesc. Ao mesmo tempo, ele encaixa, algumas empresas catarinenses expandiram operações para fora do Estado, levadas por incentivos fiscais, conveniência logística e a abrangência do mercado interno. Enquadram-se nesse contingente, distingue Schmidt, atividades que demandam mais tecnologia e escala, mas de valor agregado menor, a exemplo de filmes lisos, descartáveis e tubos.
A reviravolta, no entanto, teve o condão de  baixar a participação de Santa Catarina no consumo aparente de resinas no Brasil. Essa fatia, delimita, Schmidt, saiu de 17,5% em 2009 para 14,3% em 2013. Em número de empresas, o Estado ocupa a quarta colocação no país, com 962 transformadores, ou 8,2% do total nacional, segundo a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast). Entre os focos-chave de investimento em Santa Catarina, despontam peças técnicas no polo de Joinville, enxerga o presidente, enquanto embalagens e descartáveis seguem em alta no oeste e sul do Estado, respectivamente. Redutos locais como perfis e termoformagem, ao lado de filmes e tubos, amadureceram bastante, analisa Schmidt. “Mas mesmo sob ambiente econômico fora do ideal, a coragem de investir dos empresários daqui não cansa de nos impressionar”, ele atesta. “Há muitos investimentos em curso, difíceis de serem quantificados em virtude de sua pulverização entre as centenas de fábricas menores e médias que representamos”.
As perspectivas para o exercício atual acenam com  melhora sutil. “Os dados do primeiro trimestre foram muito melhores que os do mesmo período em 2013 e cremos na continuidade da recuperação da demanda”, avalia o presidente do Simpesc. Como o ano não anima maiores expectativas e já se configura como atípico, efeito da Copa do Mundo e eleições presidenciais, o consumo catarinense de resinas em 2014 não deve ultrapassar 2%, julga Schmidt.
Seja qual for o resultados da abertura das urnas em outubro, Schmidt, não vê razão para crer em crescimento vapt vupt em 2015. “Além de o governo não ter fechado gargalos logísticos, financeiros e na área de energia, ainda não encaminhou reformas como a fiscal, trabalhista e previdenciária e o clima também se ressente da desaceleração vigente em países emergentes”, completa.

 

Mateando e peleando
Apesar do momento, a transformação gaúcha segue investindo.
UDs: referência de investimentos na injeção gaúcha.
UDs: referência de investimentos na injeção gaúcha.

Os resultados da transformação de plásticos no Rio Grande do Sul têm sido uma grata surpresa, ao menos no escopo do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás). No ano passado, o número de associados bateu em 532 empresas e seu faturamento conjunto pairou em R$ 4 bilhões, situa Zeca Martins, diretor executivo da entidade. Dois anos antes, em 2011, o sindicato era formado por 450 transformadores, cuja receita combinada somou então R$ 2,8 bilhões. “Foi um incremento de 43%”, lembra o dirigente. Apesar de o início de 2014 ter sido mais difícil, ele comenta, o avanço do setor ficou acima do esperado.
Pelas contas do Simplás, o Estado é o terceiro  consumidor de resinas plásticos do país, com movimento estimado em 650.000 t/a. Em comparação, o volume situava-se em 450.000 t/a em 2009. “O crescimento é justificado pela expansão da economia brasileira no período e pela elevação do poder de compra das classes D e E”, interpreta Martins. De acordo com a  lupa da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), operam no 1.296 empresas no Rio Grande do Sul, representando 11,1% do efetivo desse setor no país. Elas agrupam 30.575 trabalhadores, dos quais 14.000 nos oito municípios da Serra Gaúcha cobertos pelo Simplás.
Pesquisa conduzida pelo sindicato apontou que, em 2013, os empresários planejavam investir R$ 84,8 milhões ao longo de 12 meses. Em 2014, a cifra caiu para R$ 78 milhões. “Contudo, não sabemos se esses aportes se confirmaram”, ressalva o porta-voz. Como este ano a indústria nacional em geral está menos confiante na economia, os investimentos devem ser retomados apenas em 2015 e, provavelmente, nos patamares de 2013, projeta o dirigente.
Esteja a situação ou oposição no topo em Brasília, Martins confia na recuperação do mercado brasileiro de plásticos no ano que vem. O pique da retomada, contudo, dependerá também do desempenho de outros setores industriais usuários de plástico. A desaceleração deste ano forçou o Simplás a rever a previsão de crescimento de seus associados de 3% para 1%, Martins completa.
Em observatório vizinho, o Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do Rio Grande do Sul (Sinplast) é menos otimista. A penetração de importados e concorrência com outros Estados tornou o crescimento da transformação gaúcha, em volumes, desalentador, evidencia Edilson Deitos, presidente da entidade. A produção aumentou apenas 6,8% entre 2009 e 2013, de 468.000 para 500.000 toneladas. “A Lei dos Portos não surtiu o resultado esperado de barrar a competitividade dos Estados que concedem incentivos fiscais superiores aos nossos e benefícios à compra de matérias-primas importadas”, alega o dirigente.
O resultado foi a queda da participação do Rio Grande do Sul no consumo de plásticos brasileiro de 10% em 2009 para 8% no ano passado, estabelece Deitos. A hipótese de mudança no quadro, por sinal, depende de o próximo governo gaúcho conscientizar-se dos efeitos da  posição geográfica do Estado, no extremo sul, e do crescimento econômico em curso nas regiões centrais e nordeste do país. “Não podemos aceitar o discurso oficial de que incentivos são renúncias fiscais. Maior renúncia é a perda de indústrias para outros Estados ou países vizinhos como o Paraguai, de excelente condição logística para abastecer o mercado brasileiro, e possuidor de baixo custo de energia e mão de obra”, assevera o presidente do Sinplast.
O esfriamento da economia fez com que o Sinplast revisitasse sua previsão de crescimento da transformação gaúcha este ano No começo de 2014 a projeção era de expansão de 5% na rabeira de investimentos no parque de máquinas e reconquista de fatias de mercado perdidas. Noves fora, Deitos revela que a nova estimativa crava crescimento de apenas 1%. “Apesar da crise, têm despontado investimentos em máquinas nos setores de bobinas técnicas, rotomoldagem, plástico bolha e injeção”, ele indica. “As justificativas envolvem o esforço de adequação à norma de segurança e busca de produtividade”.
Qualquer que seja o presidente eleito este ano, pondera o dirigente, a retomada da indústria brasileira será lenta. Enquanto isso, assinala, juros elevados, falta de política de longo prazo para exportações e custo de mão de obra têm levado o Brasil a um processo de  desindustrialização.

 

especial5O mercado vai às compras
Um rolê pelo que há de melhor na feira

Albag
O pivô do estande é o equipamento para pesagem automática de componentes para compostos vinílicos em pó (resina, carbonato de cálcio, estabilizantes etc.). A equipe da Albag Engenharia industrial também aproveita a ocasião para difundir a excelência de seus equipamentos para manuseio de matérias-primas.

Altmann
Com estacas fincadas na importação e revenda, a empresa aposta em alto Ibope na feira para nova família Ci de espectrofotômetro X-Ritye. Fornecem condições para o desenvolvimento de um programa coerente de monitoramento da cor, favorecendo o controle de qualidade dos processos e a redução dos custos operacionais.

Amut-Wortex
Divulga as extrusoras de dupla rosca contrarrotante que a Amut-Wortex começa a montar em Campinas (SP). Os modelos acenam com produção simultânea de dois tubos de PVC com diâmetros de 20 a 125 mm em velocidades de 600 a 700 kg/h. Em paralelo, a empresa oferece suas linhas de extrusão de chapas e filmes com matriz plana de materiais como poliolefinas, PVC, PC e ABS.

Apta
Possuidora de cadeira cativa na revenda de plásticos de engenharia, a empresa enfatiza em seu espaço o portfólio de materiais como ABS, PC, TPU, PBT, PA 6.6 e 6/12, além de compostos de PA com fibra longa. Em destaque no balcão, os grades de ABS e PC coloridos e destinados a aplicações de acabamento superficial premium.

Arkema
Pedra angular da França em especialidades plásticas e auxiliares, a Arkema joga luzes na Interplast sobre o modificador de impacto para PVC denominado Clearstrength W300. De acordo com a empresa, o mercado dispõe de modificadores no gênero para aplicações transparentes de baixa resistência a UV e para artefatos opacos de boa resistência a UV. Clearstrength W300 sobressai por preencher as duas características.

Automaq
Com nome feito em periféricos para transformação de plástico, a empresa lança esteiras reunidoras de frascos saídos das sopradoras para encaminhá-los a etapas subsequentes como envase, embalamento e inspeção.  No mais, a empresa ressalta no estande os préstimos de seus outros equipamentos auxiliares, a exemplo de secadores desumidificadores, alimentadores e sistemas de enchimento de caixas.

Baerlocher
Verbete alemão em aditivos e estabilizantes para PVC, a subsidiária do grupo orna sua vitrine na Interplast com novos e acessíveis auxiliares base cálcio e zinco, de alta estabilidade térmica e destinados a compostos para a extrusão de tubos, perfis e forros vinílicos. Para a injeção de conexões de vinil, o mostruário aberto na feira destaca aditivos de elevada fluidez e estabilidade térmica. No circuito das telhas de PVC, a Baerlocher enaltece no estande o desempenho de compostos de estabilizante/lubrificantes, cognominados “one pack” por agregarem itens como auxiliares de fluxo, modificadores de impacto, agentes de fechamento e agregantes de cargas. No arremate, a empresa coloca no balcão sebo hidrogenado, ácido esteárico e outros ácidos graxos que começou a produzir na unidade em Americana (SP).

Battenfeld-Cincinnati
Combinando competências alemãs e austríacas das empresas que deram origem ao grupo battenfeld-cincinnati, linhas completas para extrusão prometem fazer sucesso na feira. Destaque vai para a linha coex de tubos de alta pressão, com capacidade de 750 kg/h e velocidade de 0,93 m/min. Outras estrelas são as extrusoras monorrosca de chapas para termoformagem, com design compacto e menor consumo energético. Os quatros modelos disponíveis alcançam até 1.500 kg/h para PP e até 2.000 kg/h para PS.

B.Iotti
Produtos de segurança para movimentação e amarração de cargas dão o tom da mostra da empresa na feira. Entre eles, sobressaem linhas de pontos de içamento à base de ligas de aço; lingas de correntes montadas sob encomenda; pega chapas e cintas resistentes e flexíveis, de capacidade de trabalho superior a 800 toneladas.

Boy
A menina dos olhos do estande é a máquina habilitada a fornecer 240 sacolas/min., dirigida a transformadores menores e, no geral, compradores de versões usadas desse tipo de equipamento, segundo avaliação da empresa. O automatizado equipamento em destaque fornece desde sacolas multiuso a sacos de lixo e embute vantagens como a configuração compacta, a relação custo/benefício e o cumprimento das normas técnicas de segurança.

BPS
Agente das injetoras chinesas Tederic, a empresa reserva seu palco na interplast para a máquina D160 Tech 2. Consta de uma injetora de 160 toneladas acenada para produção em ciclo rápido de embalagens e utilidades domésticas de parede fina. Com capacidade de injeção de 200 gramas, o equipamento exibe controle do processo Gefran e sistema hidráulico com aprimoramentos na  bomba e servomotor, trunfo para a economia energética. Sua unidade de fechamento e injeção foi projetada em elementos finitos, favorecendo assim a precisão e velocidade da máquina.

By Engenharia
Representante de extrusoras e seus periféricos, a empresa põe em cena um modelo de sistema de granulação imersa em água. Com tecnologia licenciada pela companhia norte-americana Gala Industries, o equipamento adapta-se à regulamentação internacional de segurança e aos quesitos da norma brasileira NR 12.

Carnevalli
De olhos fixos no potencial de termoformados como copos, potes e bandejas, a empresa abre as cortinas para sua nova linha de extrusoras Smartflat. Seu foco é a produção de chapas e folhas à base de estirênicos, poliolefinas, PET e PVC. Em paralelo, a Carnevalli destaca no estande os ímãs de um cardápio no qual se alinham as extrusoras blown mono e coex (3,4,5,7 e 9 camadas) Polaris Plus (diâmetros de rosca: 55, 65, 80 e 100 mm); flexográficas Amazon (de quatro,seis e oito cores) e as linhas de extrusão CR, direcionadas para reciclagem de filmes e munidas das seguintes alternativas de diâmetro de rosca: 60, 75, 90 e 130 mm.

Comm5 Tecnologia
Há mais de dez anos na ativa, a empresa tem seu forte em hardwares e softwares que configuram soluções em prol do absoluto controle da produção em tempo real e com plena confiabilidade nos dados obtidos. Em decorrência, essa proposta de conectividade e automação de processos converge para a agilidade e segurança na tomada de decisões e redução dos chamados custos escondidos.

Cristal Master
À sombra de capacidade estimada em 2.000 t/a, a componedora de Joinville acontece na feira com lançamentos em quatro frentes de materiais auxiliares. Constam de um aditivo oxibio; o aditivo anticorrosivo VCI, destinado a filmes; o agente interfacil, para melhorar a adesão física e reações químicas entre fases de misturas de materiais incompatíveis e, por fim, um antimicrobiano atóxico, desenvolvido em conjunto com a empresa Kher. Trata-se de um composto base zinco de ação prolongada em seu propósito de eliminar bactérias e fungos por contato.

Dacarto Benvic
Atuante no campo dos compostos de PVC e masterbatches, a empresa coloca suas fichas em desenvolvimentos para os redutos de fios e cabos, perfis rígidos, mangueiras, calçados, artefatos de uso hospitalar e para construção civil, bem como inovações para a indústria automobilística e de filmes.

Eletro Forming
Fera em máquinas para termoformagem de bobinas e chapas, a Eletro Forming destaca equipamentos para produção de copos, pratos, tampas e embalagens de PET. Outra estrela de seu mostruário é a máquina de maior porte para peças industriais de até 5×2 m. A capacidade produtiva da empresa é de 18 linhas por ano.

Gneuss
Os holofotes apontam para a extrusora MRS, com sistema de rotação múltipla para processamento de garrafas PET recicladas e sem pré-secagem. O modelo patenteado, de fácil operação e manutenção, possui combinação de extrusora monorrosca com uma seção de roscas múltiplas. A Gneuss ainda apresenta seus sistemas de filtração rotativa, tecnologias de medição e soluções para corte por sobrecarga de alta pressão para linhas de extrusão.

HDB Representações
A empresa coloca em funcionamento no estande uma célula completa de produção, contando com a máquina Exacta JWM450 de injeção-sopro que produzirá frascos de 70 ml. O modelo é mostrado com painel touch screen de 14” e software operacional da Omron, bem como dosador gravimétrico de pigmentos MC-Balance da Movacolor. O equipamento Exacta JWM450 tem capacidade de 450 toneladas e produz recipientes de 2 ml a 1000 ml.

HGR
Lançamento da HGR na Interplast é a extrusora Nitrus Evo, equipada com rosca de 55mm e tecnologia de plastificação H Mixer. A capacidade máxima da linha é de 140 kg/h e é indicada para produção de sacolas, embalagens laminadas e filmes técnicos de polietileno de alta densidade (PEAD) de baixa micragem.
Outro destaque na feira é a extrusora Combat 45mm, única de sua categoria com cabeçote bifluxo e IBC giratório. Com bom custo-benefício, o modelo apresenta atributos que incluem largura útil de 1000mm e capacidade máxima de 80kg/h no processamento de polietileno de baixa densidade linear (PEBDL) e 60kg/h de PEAD. O foco, sublinha a fabricante, é garantir produção de larguras menores, com baixo consumo energético e excelente plastificação. A família Combat é tradicional em bobinas de PEAD do tipo fundo estrela.

Homeplast
Traz à feira produtos e ferramentais para extrusão de perfis utilizados nos segmentos de refrigeração, gôndolas, comunicação visual, fitness e indústria automobilística.

Kent do Brasil
Referência em impressão, a empresa descortina na Interplast suas máquinas tampográficas da linha Green. Com estrutura de granito em vez de aço, a produção do equipamento reduz emissões ao usar menos recursos naturais e energia. No segmento de clichês, a empresa desponta com duas opções verdes. A primeira é o clichê de aço lâmina da linha Aquaflex, que utiliza químicos biodegradáveis base água e pode ser revelado em 20 minutos pelo cliente. A segunda é o clichê MGP Laser, que não precisa de químicos para ser gravado.
A Kent também é distribuidora da Marabu para tintas usadas em tampografia. Distinguem-se no portfólio os tipos UV, com 75% menos solvente em comparação aos produtos tradicionais disponíveis no mercado.

KraussMaffei
O grupo alemão apresenta na feira sua injetora KM 250-300 CX. A série CX é referência em modelos compactos, inteiramente hidráulicos, com baixas e médias forças de fechamento.

MDL
Essa fabricante de componentes para moldes destaca na feira suas linhas para prestação de serviços de usinagem. Destaque é o equipamento para produção de roscas em prensa, que transforma o movimento linear da peça em rotativo. A rotação, explica a empresa, é transmitida para o macho por um sistema de engrenagens, garantindo perfeito sincronismo.

Multipack
A sopradora de simples estação Autoblow 600S dá o show no estande produzindo bombonas de cinco litros para agroquímicos. Apta a soprar recipientes de 100 mililitros a 10 litros, a máquina sobressai por recursos como a hidráulica toda proporcional e sistema de fechamento por braços contrapostos.Sua estrutura monobloco e o conjunto de fechamento, apoiado sobre barramento com guias lineares, garantem perfeito acabamento para embalagens de elevado peso e grande quantidade de rebarbas.

Pavan Zanetti
A empresa aproveita a Interplast para lançar a versão híbrida de seu modelo BMT 5.6 D/H com dupla estação de sopro e acionamento hidráulico, pneumático e elétrico. O modelo, assegura a fabricante, possui mais cavidades por molde, bombas duplas para alta pressão no fechamento e velocidade controlada por válvula proporcional. O equipamento, de alta produtividade, garante economia de energia de até 30%. Com capacidade para sopro por extrusão contínua de peças de 50ml a 5l, BMT 5.6 D/H atende às indústrias de higiene e limpeza, cosméticos e medicamentos, entre outros. Também tem espaço cativo no estande a sopradora de pré-formas PETIMATIC 3C/2L para recipientes de no máximo 2l e produtividade de até 4.000 unidades de 500ml/h. Em operação na feira também aparece a injetora automática HXF 128, como alto desempenho e reconhecida economia de energia, munida de sistema IML.

Puma Automotive
Projetos de moldes dessa ferramentaria foram usados em nada menos que 80% do novo Troller T4 e se tornaram atração do estande na Interplast. Com foco na indústria automobilística, a Puma ainda mostra suas contribuições para projetos da Toyota e Volkswagen.

Scansystem
Mirando a indústria de moldes e engenharia reversa, a empresa demonstra seu scanner 3D Artec Spider, de superior qualidade de digitalização, varredura rápida e alta resolução. Atributos do equipamento incluem capacidade de captar até as menores bordas de peças pequenas com grande precisão metrológica. A solução é ideal para produção em massa e design industrial.

Senai/SC
Sinônimo de alta qualidade em programas de formação profissional, o Senai de Joinville apresenta serviços de caracterização de materiais, incluindo microscopia eletrônica com EDS e EBSD, difração de raio-x, além de análises químicas quantitativas e qualitativas. A instituição também mostra processos de caracterização mecânica com testes de fadiga axial e rotativa, bem como serviços de microusinagem, microinjeção e fresamento HSC. Outra novidade é a Rede Senai/SC de Inovação e Tecnologia, composta por dez institutos para prestação de serviços avançados e pesquisa aplicada.

Sandretto do Brasil
A empresa demonstra sua série ecoLogica de injetoras com novo comando eletrônico. A novidade é equipada com sistema de servomotor e acionamento da alemã Baumüller. Na feira, a Sandretto exibe o modelo 770/170, com força de fechamento de 170 toneladas, altura do molde entre 150-500mm, passagem entre colunas de 460x460mm e curso de abertura de 500mm.

RK Ferramentaria
Apoiada na tendência de redução de peso e, consequentemente, de custos na fabricação de embalagens, a empresa destaca seus moldes para injeção de peças de paredes finas, inclusive abaixo de 0,5mm. Também brilham no estande moldes de múltiplas cavidades e para termoformagem.

Replas
Experiente na distribuição de resinas termoplásticas, a Replas turbina seu portfólio com bobinas de BOPP. O giro é de 400 t/mês com foco em convertedores e indústria alimentícia.

Sumitomo Demag
Verbete nipo alemão em injetoras, a empresa põe tapete vermelho no estande para a máquina híbrida Systec SP, destinada à produção em ciclo rápido e com parede fina. Entre seus itens de série, sobressaem o acumulador hidráulico, trunfo para aumentar a velocidade de injeção; motor elétrico para plastificação e, ponto a favor da economia de energia, o uso de servomotor para acionamento da bomba principal.

Termocolor
Com décadas de tradição em compostos e concentrados, a Termocolor lança em Joinville sua linha de masterbatches neon com enfoque principal em UDs. Contudo, o portfólio mira ainda outros segmentos, como brinquedos e cosméticos.

Theodosio Randon
A metalúrgica apresenta seus tanques e equipamentos de aço inoxidável, aço carbono e ligas de alumínio, além de silos, descarregadores de big bags, carregadores e descarregadores de contêineres e outros itens especiais para movimentação de resinas.

Wittmann Battenfeld
Carta na manga é o fornecimento de soluções completas para a célula de injeção. Na feira, os visitantes podem ver em operação a máquina EcoPower 180 junto do robô W818. Em evidência ainda aparecem os controladores de temperatura Tempro e secadores Drymax. Estrela do estande, a EcoPower 180 é evidenciada por sua economia energética, trunfo dos sistema KERS que, na fase de redução da velocidade para proteção do molde, recupera a energia despendida para frear a placa e a direciona a outras funções. •

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