Esperta até no nome

PacXpert: produção de três tamanhos ainda no primeiro semestre.

Nº 1 global em polietilenos, a norte-americana Dow selecionou o goiano Grupo Embalo para o pontapé inicial na nacionalização de sua patente da embalagem flexível PacXpert. O acordo foi assinado com a Camada, unidade paulista da transformadora onde foram gerados os primeiros lotes. A produção definitiva, contudo, está a caminho da planta de Aparecida de Goiânia (GO), esclarece o diretor de marketing da empresa brasileira Henrique Lewi. “Já produzimos o modelo de 3,6 litros e até o fim do primeiro semestre entram em linha os tipos de 5 e 10 litros”, ele antecipa.
PacXpert, esperam a Dow e o Grupo Embalo, tem potencial para substituir diversos formatos de embalagens rígidas para acondicionamento de líquidos e sólidos, evitando desperdícios e otimizando o transporte e descarte. Em sua composição entram as famílias Affinity, de polietileno de baixa densidade linear (PEBDL) metalocênico, Dowlex, de PEBDL base octeno, bem como o adesivo de construção Amplify e a resina Attane, de polietileno de ultra baixa densidade (ULDPE), ilustra Charly Eid, gerente de marketing para o negócio de embalagens e alimentos da Dow na América Latina. A estrutura, ele prossegue, varia de acordo com o volume envasado e pode conter três, cinco ou sete camadas. “Quanto maior a embalagem, maior a economia”, sustenta o especialista.
De acordo com Eid, a opção pelo Grupo Embalo como parceiro na empreitada foi baseada no conhecimento de mercado, além da facilidade de acesso a segmentos nos quais a Dow deseja inserir a embalagem. Trata-se do primeiro acordo desse tipo firmado pelo grupo de Midland no Brasil, assinala Eid, porém não é exclusivo. A Dow permanece negociando com outros transformadores de forma a ampliar o alcance de PacXperts, encaixa o porta-voz. Em regra, a Dow comparece com a venda de resina e transferência de tecnologia, e o transformador entra com a produção e comercialização do artefato.
Por seu turno, o Grupo Embalo não precisou adquirir máquinas, mas ajustou equipamentos existentes para selagem dos bicos. PacXpert possui fecho com tampa e duas alças ergonômicas integradas. “Estamos investindo também na adaptação de linhas para produzir os tamanhos maiores”, retoma o fio Lewi. Ele comenta, aliás, que a embalagem é gerada em maquinário de formatação e não em extrusoras convencionais. A tampa de polietileno de alta densidade (PEAD) é, por ora, importada. “Estamos em negociação para nacionalizá-la”, avisa. No entanto, sublinha, seu suprimento continuará a cargo de terceiros. “O foco do grupo Embalo está em flexíveis, não na injeção”.
Primeira a sair do forno, a embalagem de 3,6 litros é opaca, do tipo leitosa, sendo seguida pela transparente de igual volume. Elas admitem impressão em seus quatro lados para atender às necessidades de customização e informação em rótulos. “Estamos mirando tintas, aditivos automotivos, agroquímicos, além de alimentos”, expõe Lewi.
As negociações do Grupo Embalo com potenciais clientes para PacXpert estão na fase de namoro com direito a anel de noivado. Estudo conduzido em indústria não revelada por Lewi constatou que a nova embalagem flexível de 10 litros reduziria a área necessária para armazenamento em quatro vezes em relação ao espaço tomado por bombonas. Se adotada, a novidade vai proporcionar ainda economia no transporte. “Prevemos 13% menos viagens de caminhão”, ele afirma. Mesmo que essa empresa precise usar caixas de papelão para acomodar os PacXpert cheios, a logística permaneceria mais vantajosa em relação a opções rígidas, acrescenta o executivo. Em outro possível cliente foi testada a embalagem de 20 litros. “Enquanto uma bombona desse porte pesa 1.200 gramas, PacXpert possui apenas 150”, ele compara. Em outro cliente na mira, o Grupo Embalo promete resolver problemas com logística reversa. “A embalagem é totalmente dobrável e, portanto, ocupa um espaço mínimo quando vazia. Além disso, é possível usar todo seu conteúdo, sem perdas”, completa Lewi.
O Grupo Embalo possui sete unidades distribuídas em São Paulo (SP), Uberlândia (MG), Três Rios (RJ) e Anápolis (GO), onde há três fábricas, inclusa a sede. O rol de unidades fecha com as instalações em Aparecida de Goiânia, onde PacXpert será produzido. •

Compartilhe esta notícia:

Deixe um comentário

Dacarto Compostos de PVC, Blendas, Masterbatches e Especialidades Poliolefínicas
A Karina Plásticos desenvolve constantemente novas tecnologias e produtos do segmento de Fibras Poliolefínicas
Interplast 2024
Cazoolo Braskem
Movimento Repense. O Plástico não é uma epidemia. A falta de informação sim.
Piramidal - Resinas PP, PE, ABS - Resinas Termoplásticas
Perfil Abiplast 2022
Grupo Activas