Distribuição de resinas: vendas em 2016 empatam com 2015

distroReflexo condicionado de uma economia que, esbofeteada pelo endividamento e desemprego à solta, retrocedeu aos patamares de 2009 ou 2010, conforme o analista,  as vendas internas de resinas devem fechar 2016 com o mesmo nível de queda da ordem de 5% aferido em 2015, projeta a Associação Brasileira de Distribuidores de Resinas Plásticas, BOPP e BOPET (Adirplast). No campo específico do consumo aparente de poliolefinas acrescido de poliestireno tradicional e expandido, a entidade o situa  em 3,8 milhões de toneladas em 2015,volume cerca de 4% aquém do saldo de 2014. Mesmo com o tempo fechado na conjuntura econômica e política , o balanço geral dos filiados da Adirplast, que emplaca 10 anos de ativa em 2017, não acusou recuo em 2016. Segundo foi divulgado, ele se manteve estável perante o exercício anterior. Trata-se de um feito singular num reduto ligado por cordão umbilical a transformadores de plástico de menor e médio porte, sem condições de negociar a compra de resina direto com as petroquímicas. Para ilustrar a relevância da peculiar estabilidade conseguida pelos distribuidores em suas vendas, considere-se  o termômetro  por excelência da performance dos pequenos negócios no Brasil, a taxa de mortalidade de empresas, divulgada a cada dois anos pelo Sebrae e pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Segundo sua última edição,  dos 1,8 milhão de empreendimentos lançados em 2014, um total de  600 mil (ou 33% deles) estará fechado até a entrada de 2017. Analistas ponderam contou pontos para o balanço da distribuição o  terreno ocupado com o recuo das importações (resinas concorrentes e transformados), decorrente do dólar alto e crédito restrito e, por fim, pela mesma anemia da demanda doméstica que hoje corrói as margens de lucro e os índices de ocupação dos transformadores nacionais, em especial os menores e médios. Nesse ponto, os observadores ponderam que  os distribuidores oficiais também desfrutam o retraimento da revenda autônoma, alimentada de resina nacional  pelo excedente de grandes transformadores. Com a recessão sem trégua pelo segundo ano seguido, diminuíram naturalmente as compras desses grandes produtores fechadas com as petroquímicas e, por tabela, encolheu o excedente de resina nacional em regra canalizado para a revenda autônoma, pois esta também amarga lógica retração de sua clientela. De acordo com a Adirplast, seus filiados respondem por cerca de 50% do varejo do plástico e embolsam faturamento aproximado de R$ 3,5 bilhões ao ano.

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