Conciliação é uma arte

Integralle junta a fome com a vontade de comer em laminados

conciliacaoComo seus colegas transformadores, os convertedores de embalagens em geral são alérgicos a bancar pesquisas de mercado.Vêm nelas tanta acurácia científica quanto na astrologia e consideram dinheiro jogado fora gastar em algo para saber o que já se conhece. “Mesmo quando contratam o estudo, valem-se na maior parte de números do passado, de domínio público, para apontar tendências”, aparteia Maurício Groke, diretor da consultoria Integralle. Assim, as pesquisas no gênero, ele julga, não destoam um micron entre si e, mesmo quando bem feitas, suas conclusões nem sempre são fechadas por gente tarimbada em laminados flexíveis. Groke salta em cima desse vácuo. “A Integralle interpreta as pesquisas existentes, seus indicadores e ilações. No enfoque das consultorias para esse setor prevalece a abordagem acadêmica e nós implementamos uma participação de cunho mais comercial. Desconheço quem faça o mesmo”.

Groke não caiu de alegre em embalagens nem faz aquele tipo de consultor fixado em finanças, embebido em teorias e que entoa para tudo, feito samba de uma nota só, o bordão “temos de apertar os cintos”. Com 27 anos de milhagem de voo na praça, ele já foi, entre outros títulos, presidente da Associação Brasileira de Embalagens e tocou, por 22 anos, a diretoria comercial da Antilhas, motor turbo em flexíveis como coextusados, stand up pouches, laminados e stretch hood. “Quando saí da Antilhas, convertedores me propuseram empregos para fazer suas equipes produzirem o que eles gostariam e não obtinham. Para atender esse pessoal sem gerar conflito de interesses, nasceu a ideia da Integralle”. Em síntese, traduz, a consultoria prepara fabricantes de embalagens e fornecedores de materiais ditos alternativos (reciclados, biopolímeros, p.ex.) para a descoberta e ingresso em nichos e lhes dá o rumo para posicionarem seus produtos para novos negócios. “Conhecendo a carência na base de fornecedores das empresas usuárias de embalagens, podemos ligar as duas pontas”, sustenta Groke. Pautados por metas, ele nota, os times de vendas dos convertedores estão voltados para fazer mais do mesmo. “A Integralle completa a equipe fazendo a parte de Inteligência de Mercado, identificando o potencial da empresa e apresentando-lhe os clientes adequados. Abrimos portas e acompanhamos ou executamos as ações em campo”.

O calcanhar de aquiles do setor de laminados, elege Glocke, chama-se inovação. “Não se trata apenas de tecnologias ou criação de estruturas sofisticadas, mas de cultivar uma visão ampla do mercado e suas oportunidades, de se ter tirocínio para aproveitar um produto já conhecido em determinado segmento e transpô-lo a outro, onde será visto como inovador” , ilustra o consultor, impedido de revelar cases por acordos de confidencialidade. “Em regra, a caça ao faturamento deixa a equipe interna da maioria das convertedoras sem tempo para procurar inovar”. A Integralle naturalmente agradece. “Também trabalhamos com a indústria final percorrendo o caminho inverso – ajustando a base dos fornecedores de embalagens às reais necessidades da empresa”, acena Glocke.•

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