Combo de soluções

Planta brasileira é a primeira da Coexpan & Emsur a integrar as divisões de rígidos e flexíveis
Daniel Richena
Richena: lançamento de rótulos sleeve termoencolhíveis para termoformados.

O atendimento a diamantes do quilate da Danone e Nestlé e o fechamento de um flanco exposto na competitividade estão por trás de um up no perfil da subsidiária brasileira da Coexpan, divisão de chapas para termoformagem do grupo espanhol Lantero. Mediante aporte total projetado em R$ 40 milhões, a unidade há 21 anos na ativa em Jundiaí, Grande São Paulo, ingressou em 2018 apta a produzir as soluções flexíveis da divisão Emsur do conglomerado madrilenho, cujo mix abrange tampas e bandeirolas termosseláveis, flow e pillow pack, sleeves e embalagens monodose. “O projeto de integração de rígidos e flexíveis no Brasil é pioneiro na infra mundial do grupo”, distingue Daniel Richena, diretor geral da Coexpan & Emsur Brasil. “Ele conjuga a necessidade de crescimento da divisão de rígidos com a oferta ao mercado de uma solução completa de embalagens”. O executivo confirma não haver aqui a invenção da roda. “Outros players no país podem oferecer essa solução, mas apostamos muito na solidez da base de clientes e na força da nossa presença global, em especial na Europa e América”.

As sinergias entre as duas divisões prometem não tardar a serem transpostas de Jundiaí a outras plantas do Grupo Lantero, acredita Richena. “Elas concretizam uma excelente oportunidade para baixar prazos de desenvolvimento e custos de produção e logísticos, além de fortelecerem nossa atuação comercial e a prestação de um serviço completo de engenharia aos clientes”, coloca o executivo.

Na selfie atual, o complexo em Jundiaí hoje roda com capacidade para chapas rígidas na faixa de 15.000 t/a e de 4.000 t/a para flexíveis, projeta Richena. Um contraste se comparados esses indicadores com a capacidade de 4.000 t/a para a extrusão de chapas monocamada e de média e alta barreira registrada na partida da fábrica, em 1997. Entre os avanços resultantes da fornada de investimentos, constam referências como a rotoimpressora italiana Cerruti e, encaixa o diretor, “extrusoras e cabeçotes para a produção de lâminas estriadas e espumadas, trunfo para redução de custos de material e de impacto ambiental, com um grau de precisão e controle de qualidade sem similares em nosso segmento no Brasil”.

Com iogurtes na linha de frente, produtos lácteos são uma artéria jugular para o negócio de chapas e flexíveis da Coexpan & Emsur. Nos últimos anos, os iogurtes foram escanteados das compras de supermercados devido à condição de alimentos supérfluos. Segundo pesquisa Nielsen, a queda do consumo de iogurtes chega a 20% em dois anos, tendo fechado 2016 em 1,18 milhão de toneladas (5,7 kg de iogurte por habitante/ano), praticamente o mesmo volume aferido em 2008. Na garupa da esboçada retomada da economia, notada desde o quarto trimestre de 2017, a expectativa geral é de que o iogurte retorne às listas de compras domésticas do público de baixa renda sob a perspectiva de crescimento de 3% do PIB neste ano eleitoral. “Acreditamos muito no mercado lácteo brasileiro e vemos na crise a oportunidade de investir e preparar a trajetória para anos de crescimento”, pondera Richena. “De outro ângulo, a produção de flexíveis nos dará meios de diversificar nosso portfólio com ingresso em outros mercados, minimizando assim os efeitos da retração dos lácteos”.

No balanço de 2017, o carro-chefe em rígidos da Coexpan & Emsur Brasil, elege Richena, foram as denominadas chapas polpa, “reconhecidas como itens de baixo custo pelo mercado consumidor”, ele completa. Para este ano, o diretor geral seleciona como principal lançamento a linha de rótulos sleeve termoencolhíveis. “Será um complemento para servir nossa clientela de rígidos e uma alternativa tecnologicamente superior ao sistema em uso de gravação em copos termoformados em off-set”, ele adianta. No embalo do entusiasmo, Richena já agenda para 2019 a termoformagem de embalagens em Jundiaí. •

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