China aposta no gás de xisto

chinaA China está empenhada em tirar do sério os investidores do novo ciclo de expansão em curso na capacidade norte-americana de polietilenos (PS), cuja penetração internacional está agendada para começar no quarto trimestre de 2017. Em sua edição de 9 de agosto último, The Wall Street Journal descortina os bilionários investimentos feitos pela estatal China Petroleum & Chemical Corp, também conhecida como Sinopec, para extrair gás natural de reservas locais de xisto, mesma rota seguida pelos complexos de etano/eteno e polietilenos cuja construção está em andamento nos EUA e Canadá. A intenção da Sinopec é dobrar a capacidade instalada de gás natural na China em cinco anos e, em sua esteira, baixar de forma expressiva as atuais importações chinesas de gás liquefeito, pondo em xeque monumentais investimentos de petrolíferas múltis em locais como Canadá, idealizados com base em prioridades como o suprimento da China. O país possui a segunda maior reserva de xisto do mundo, perdendo apenas para as jazidas norte-americanas. Localizada na região central da China, em are cortada pelo rio Yangtzé, as reservas de xisto chinesas têm se caracterizado por uma exploração do gás dificultada por formações geológicas complexas e rede imprópria de dutos de água, informa o jornal norte-americano. Em contrapartida, o governo da China encara com bons olhos essa mineração como alternativa de energia mais limpa que o carvão. Em sintonia, a Sinopec aposta na escalada da demanda local por gás natural, trunfo inclusive para bombear a petroquímica do país.

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