Biscoitos, pães e massas: queda no volume e salto no faturamento em 2016

carboCulpa da recessão e de indigestos aumentos de uma capacidade instalada já robusta, o reduto brasileiro de polipropileno biorientado (BOPP) se debate em excedente a ponto de a produtora Videolar-Innova manter encaixotada há anos, na filial em Manaus, a sua terceira linha Andritz desse filme. Ainda assim, a demanda de BOPP preserva portos relativamente seguros em meio à calmaria, indica o balanço de 2016 servido pela Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi). A leitura do saldo no azul revela que as quatro categorias de produtos totalizaram faturamento de R$ 36,862 bilhões, crescimento de 4,3% em relação a 2015,embora abaixo da inflação oficial de 6,29%no ano passado. Em volume, a varredura da Abimapi flagrou houve queda de 2,8%, com cerca de 3,4 milhões de toneladas vendidas e, a tiracolo, o consumo per capita anual recuou de 17 kg para 16,5 kg em 2016. Por sua vez, o segmento de biscoitos expandiu 3,9% em receita, atingindo a marca dos R$ 21,853 bilhões, embora tenha sido aferida diminuição de 2,7% do volume de vendas – com aproximadamente 1,7 milhão de toneladas – e retração também do consumo per capita, projetado em 8,2kg/ano. As rosquinhas e os biscoitos maria/maisena compuseram as locomotivas da categoria, registrando aumento de 7,5% e 1,5% em volume de vendas e de 14,5% e 11% em receita, respectivamente. Os recheados, que perderam força em comparação ao mesmo período anterior, representaram 25% do mercado da categoria.

Quanto às massas alimentícias, um quintal de filme cast de PP, alcançaram faturamento de R$ 8,744 bilhões em 2016, aumento de 5,6% frente ao apurado pela Abimapi no ano antecedente. As versões secas (representam 81,4% do total consumido) puxaram as vendas, com receita de R$ 5,453 bilhões, seguidas das instantâneas (15% do setor), com R$ 2,627 bilhões. As massas frescas (3,6% do setor) movimentaram R$ 663 milhões. Já a produção nacional caiu 2%, totalizando 1,24 milhão de toneladas e o consumo per capita fechou 2016 na faixa de 6,02 kg.

A Abimapi apurou trajetória similar no campo dos pães & bolos industrializados. Os chamados “pães de forma” expandiram 4,5% do faturamento no último período, somando R$ 5,414 bilhões em vendas. A produção atingiu 440.700 toneladas , retração de 4,9% versus 2015, e consumo per capita de 2,15 kg/ano. Em relação aos bolos industrializados, a receita igualou a performance de 2016, emplacando R$ 851 milhões. O volume diminuiu cerca de 9%, atingindo 33.700 toneladas, e o consumo per capita não passou de 0,16 kg/ano.

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