A venda começa na entrega

O chamariz da conveniência e soluções de abertura e fechamento explicam o afã ...
FIDELIZAÇÃO/Pouches

O chamariz da conveniência e soluções de abertura e fechamento explicam o afã de um enxame de indústrias de alimentos em substituir embalagens rígidas por stand up pouches (SUP). Do outro lado do balcão, a consequente multiplicação de fabricantes desse flexível laminado inspira fornecedores capitalizados a investirem em atividades pós-venda para saltar da vala comum da concorrência. Entre elas, são perscrutadas as possibilidades de participar do processo no interior (in house) da fábrica do cliente aliado.

Entra aqui a formatação de SUP in house, disponível numa bifurcação, deixa claro Alan Baumgarten, CEO da Gualapack Brasil, formadora de opinião no segmento. Uma das trilhas, distingue o dirigente, é aplainada por equipamentos form-fill-seal (FFS),congregando a formatação, enchimento e envase do SUP. “Nesse caso, a formatação in house acha- se bem disseminada em categorias como atomatados e produtos de limpeza”, pondera Baumgarten. “A transformação da embalagem é inerente ao conceito da instalação FFS, ou seja, o equipamento de envase vinculado ao recebimento do filme. É um método justificável quando se trabalha com versões simples de pouches, e com um único tamanho e volumetria, evitando assim intervenções complexas de set ups e ajustes”.

Vegetais da Predilecta
Vegetais da Predilecta: pouches formatados in house pelo equipamento Totani.

A outra linha de ação, prossegue Baumgarten, é a formatação do SUP na planta usuária da embalagem. “As máquinas de formatação de pouches pré-formados são muito mais velozes que as linhas FFS e, portanto demandariam volumes muito maiores para justifica o capital imobilizado num equipamento completo e em recursos operacionais dedicados a um único produto”. O sistema de formatação in house pode funcionar, considera o CEO da Gualapack, se a empresa cliente se sentir tecnicamente apta a dispor de uma operação industrial fora do seu negócio por vocação. “Isso só faz sentido se a formatação couber a um fornecedor especializado da embalagem”.

Nº1 do Brasil em goiabadas, e vice em atomatados ofertados em pouches, a paulista Predilecta Alimentos topou a parada. Abriu a filial em Patos de Minas, adquirida há cinco anos da Unilever, para debutar recentemente na formatação in house de SUP destinados a vegetais em conserva, tipo ervilha e milho, de braços com sua fornecedora de pouches, a subsidiária local da transformadora norte-americana Bemis.

Sem abrir o montante aplicado, Manoel Padula, diretor de operações da Bemis para a América Latina, resume a parte de cada parceiro. “A Predilecta disponibilizou o galpão e nós adquirimos o equipamento formador de pouches”. Por atributos como estanqueidade, facilidade de manuseio e flexibilidade de formatos, a escolha recaiu sobre a tecnologia japonesa Totani, máquina ativada em novembro último e que deve quintuplicar a produtividade da Predilecta nessa atividade, atingindo a marca de seis milhões de pouches mensais de vegetais. “A formatação in house vale pelo ganho logístico em frete, proximidade do cliente da embalagem e redução do lead time”, sumariza Padula. “Seu sucesso depende da garantia de um volume mínimo de produção capaz de viabilizar a absorção dos custos fixos”.

Padula não desce aos pormenores do pouch remetido da planta da Bemis em Londrina, norte paranaense, até Passos de Minas. “Em linhas gerais, esse laminado possui três tipos de substratos plásticos, além de tintas e adesivos passíveis de suportar a autoclavagem”. Fora o caixa para comprar equipamentos de soluções customizadas, o pulo do gato da Bemis, é a expertise acumulada em Londrina na produção de filmes de até nove camadas, formulação de tintas e adesivos, impressão flexo e roto e no trabalho com laminadoras duplex. Para implantar a formatação na Predilecta, a Bemis recrutou 14 contratados. Perguntado se o cliente poderia transpor essa parceria a outras fábricas e produtos, Padula passou a bola para a Predilecta. Mas aí ela silenciou. •

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