A segunda pele

Mais que embalar, filmes com barreira casam com as carnes

carnesDeslocado por alternativas como ovo e frango, o consumo paulista de carne bovina caiu 30%em julho último e, de abril a junho passado, pesquisa captou que 27% da população brasileira limitou os gastos com esse produto. Apesar desse tapa na cara da demanda, a crise não consegue barrar os avanços em filmes com barreira para cárneos. “O mercado interno não sairá ileso da atual situação econômica, mas enxergamos alguns fatores que continuam a animar a evolução dessas embalagens”, contrapõem Ricardo Almeida e Jonathas Santos, respectivamente gerente e supervisor de marketing para o segmento de proteínas da operação brasileira da norte-americana Bemis, pêndulo global da coextrusão e laminação de flexíveis. “Entre os estímulos, constam a exigência de automação do processo, em resposta ao crescente custo de mão de obra; as plantas no país de marcas internacionais de equipamentos, viabilizando inclusive financiamentos mais acessíveis e, do lado do público, indicadores como o desejo de testar lançamentos e produtos de qualidade; o corte nas idas a restaurantes em prol de refeições em casa, favorecendo as linhas gourmet e, por fim, pesa o consumo hedonista, no qual o consumidor enxerga o artigo como fonte de felicidade”.
Um sinal de requinte ocorrendo à margem da crise é o deslanche, no acondicionamento de cárneos, da coextrusão na faixa de nove camadas, extrapolando o limite antes habitual de cinco. “A multiplicidade de camadas é uma das grandes ferramentas para a embalagem atender a tantos requisitos do mercado de carne”, traduz Claire Sarantópoulos, pesquisadora científica do Centro de Tecnologia de Alimentos (Cetea) e reverenciada no ramo como a última palavra em embalagens flexíveis no país. Ela abre o rol das exigências colocadas pelos frigoríficos com o aumento da vida útil e da segurança no consumo da carne e com o afã da indústria por reduzir perdas. “Além disso, o setor cobra embalagens capazes de agregar conveniência e funcionalidade, atributos ilustrados pelas operações de abrir, fechar, preparar, aquecer, descongelar ,carregar e descartar o produto”, insere a analista. Tem mais: o mercado busca ainda soluções de acondicionamento enquadráveis no contexto de sustentabilidade produtiva, reitera Claire, e capazes de corresponder às expectativas em termos de segurança para consumo e uso, “conceito atrelado ao combate a fraudes e à rastreabilidade”, ela explica. No arremate, coloca, espera-se que a embalagem de carne reflita a chamada personalização do consumo. “Precisa identificar-se com desejos, estilos de vida e transmitir entretenimento e interatividade além de, é claro, cumprir as normas regulatórias”, alinha Claire.
“Os avanços da extrusão possibilitaram reduzir a espessura dos materiais sem prejuízo para as funcionalidades das embalagens de carnes”, percebe Alessandra Souza, líder de marketing na América Latina de outro pilar mundial em flexíveis, a norte-americana Sealed Air Food Care. Com estruturas tipo nove camadas, ela assinala, os materiais ganham em resistência, qualidades ópticas e de encolhimento. “É o caso dos novos sacos encolhíveis de alta barreira, para alimentos resfriados, e dos filmes termoencolhíveis para congelados como carne vermelha”, exemplifica Alessandra. Almeida e Santos, os porta vozes da Bemis, teclam o mesmo contexto ao justificar o pendor em carnes por estruturas coex além das cinco camadas com a busca de mais rendimento, produtividade em linha, shelf life, sustentabilidade e redução de quebras, fora ganhos no brilho e transparência. Na ala dos frigoríficos, Alvaro Azanha, especialista da BR Foods, e Vitor Souza e Rodrigo Gobo, ambos da JBS Foods, negaram entrevista.
Com estacas bem fincadas em carnes no Brasil, o reduto de embalagens a vácuo não cruza os braços. “As novidades envolvem sacos encolhíveis para carne fresca dotados da barreira sem cloro do álcool eteno vinílico (EVOH), uma alternativa ao policloreto de vinilideno (PVDC), destaca Claire. Cresce também a adesão a embalagens termoformadas a vácuo, percebe a pesquisadora. Na esfera do acondicionamento a vácuo, por sinal, Claire considera inovadores os filmes destinados a máquinas de alimentação automática horizontal. “Por exemplo, o sistema Cryovac Ulma Flow Vac”, ela distingue. Recomendado para trabalho com carnes processadas, em versões lisas ou impressas do filme de alta barreira, esse sistema automatizado acena com chamarizes como zero risco de contaminação, por abolir manipulação do produto, além de prós como ganhos de produtividade e flexibilidade, otimização da logística de materiais e ajuste do comprimento da embalagem. Claire salienta ainda o progresso notado na abertura facilitada de sacos a vácuo, mérito por ela conferido às tecnologias Grip & Tear e Quick Rip da Sealed Air.

Braskem serve a picanha dos polietilenos

“Há uma busca constante por performance em embalagens para cárneos”, constata Carlos Faria, engenheiro de aplicação para polietilenos (PE) da Braskem. “Estruturas coex de três e cinco camadas já não atendem a determinadas aplicações e, em resposta à demanda, surgem no mercado novas estruturas com maior número de substratos, o que eleva a quantidade de variáveis e requer mais conhecimento das resinas envolvidas”.
Dos avanços no balcão da Braskem, Faria fisga a família de grades lineares metalocênicos Proxess, sob medida para flexíveis de alta resistência mecânica, “em especial à perfuração”, distingue o especialista. No âmbito da adesão do filme à carne, atributo vital e auxiliado no processo por sistemas a vácuo, Faria destaca os préstimos de seus tipos de polieitleno de baixa densidade lienar (PEBDL) e copolímeros de acetato eteno vinílico (EVA). “Sua flexibilidade contribui para a conformação da embalagem, em prol da adesão requerida”, ele assinala. Em termos da selagem, etapa seminal para a preservação da qualidade e shelf life da carne, Faria ressalta a alta resistência à solda a quente (hot tack) e baixa temperatura inicial de selagem (SIT) ofertadas pelos grades metalocênicos e de fácil processamento das séries Flexus e Process.

“Os sacos Cryovac Grip & Tear dispensam o recurso dos utensílios cortantes, favorecendo a conveniência e segurança do usuário, além de oferecer brilho e transparência superiores”, assegura Alessandra Souza. Ainda na raia dos desenvolvimentos em embalagens a vácuo, ela distingue os préstimos do envase de carne fresca em sacos Cryovac OSB. “Permitem a selagem de sacos sobrepostos, de modo a elevar a eficiência operacional do processador mediante o maior aproveitamento dos ciclos de vácuo”, sintetiza a executiva.
A usina de soluções da Bemis não fica atrás. Ricardo Almeida e Jonathas Santos acenam, na seara do embalamento de carnes a vácuo, filmes de variadas barreiras ao oxigênio e resistentes à punctura para qualquer tipo de produto, seja com osso, defumado ou congelado. Em termos de adesão da embalagem à carne, eles informam trabalhar com ionômeros, com ou sem tratamento corona. “Aí entra também a placa soldadora da termoformadora, capaz de gerar uma solda total, ajudando a reter líquidos do produto embalado”. A Bemis também toma vulto no requisito da facilidade de abertura e refechamento com o sistema EZ Peel. “A abertura transcorre pela camada do adesivo, de modo a manter a solda íntegra e protegida de possíveis variações térmicas de selagem, decorrentes dessa operação”, esclarecem os dois técnicos. “Desse modo, a embalagem exibe facilidade e homogeneidade da força necessária para abrí-la, uma conveniência aliás acentuada pelo sistema EZ Peel Reseal que, além de simplificar a abertura, viabiliza por várias vezes o refechamento manual da embalagem de um produto de consumo progressivo. No Brasil, o maior exemplo do uso de EZ Peel Reseal em carnes é a linha Soltíssimo da BRF, cujo shelf life demonstrado chega a 60 dias”. As chances de essa tecnologia deslanchar com maior ímpeto por aqui, salientam Almeida e Santos, também são azeitadas pelo envelhecimento da população e pela parcela de consumidores com deficiências motoras.

EVOH: barreira bem passada

Copolímero de eteno e álcool vinílico (EVOH), o agente de barreira premium a gases, tem cadeira cativa em embalagens flexíveis a vácuo ou de atmosfera modificada, assevera Guilherme Nascimento, executivo da Intermarketing Brasil, agente da japonesa Kuraray Eval, pêndulo global nessa resina. Entre as tendências a caminho no acondicionamento de carnes, ele destaca o papel desempenhado nos EUA por EVOH para assegurar shelf life de 60 dias em embalagens “skin pack” (fundo e tampas invertidos,deixando o alimento visível) e de atmosfera controlada (MAP). “Como o país veta corte de carnes nas dependências do supermercado, os cortes são fornecidos em bandejas individuais com filme de alta barreira”, esclarece. Entre as inovações na virtrine da Kuraray, o especialista chama atenção para um grade de EVOH modificado, talhado para processos de estiramento. “Mantém as propriedades de barreira com menor influência de perda do índice de transmissão de oxigênio (OTR), em função da umidade”.
A depender da aplicação, o portfólio de EVOH da taiwanesa Chang Chung Petrochemical acena com grades com teores de 27 a 47% de eteno, informa Joel Araujo, dirigente da Master Polymers, agente dessa grife oriental. “A distribuição é nacionalizada e o estoque local contribui para os clientes reduzirem custos como os de logística e armazenagem”, coloca o dirigente, reforçando o assédio a flexíveis para carnes com poliamidas de sua representada EMS-Grivory. “Para filmes biorientados de alta barreira, recomendo o tipo HB5200 e para quem busca concliar barreira,encolhimento e resistência à punctura, indico a resina Grilon BM20”, ele fecha. Fonte de outro agente de barreira, PVDC, a Solvay não quis falar.

Aos poucos, discerne Claire, a embalagem de atmosfera modificada toma corpo no Brasil em frios fatiados e carne fresa, seja moída ou em cortes. Nos bastidores dessa escalada, ela nota, também influem os sistemas de fácil abertura e refechamento ofertados pela Bemis e Sealed Air e novos tipos de copoliamidas e terpoliamidas, trunfo para propriedades ópticas, de barreira a gases, encolhimento, resistência mecânica (à punctura, p.ex.) e térmica e para a termoformagem em maior profundidade, com incidência mínima de encrespamento (curling). “Devido à dificuldade de manutenção da coloração vermelha da carne fresca bovina, a Sealed Air concebeu Mirabella, sistema que evita o contato da carne com o material de embalagem da tampa, minimizando o problema de manchas escuras na superfície do produto”, aponta a analista do Cetea. Além de manter a coloração viva, Mirabella acena a carnes porcionadas com menos uso de embalagem, convergindo para economia no frete e estocagem e melhor aproveitamento do espaço na gôndola. “Mirabella permite o contato da carne com o filme tampa, exposição vertical dos pacotes e diminuição do tamanho das bandejas”, sumariza Alexandra Souza.
Claire retoma o fio enaltecendo para frios fatiados a tecnologia Slicepak,outro gol da Sealed Air. “Inova o conceito de embalagem com atmosfera modificada ao possibilitar a exposição vertical em gôndolas”, ela atesta. O sistema consta de bandeja de poliestireno expandido (EPS) e filme termoencolhível, ambos com alta barreira. Seus chamarizes: vida útil superior à da bandeja e filme tradicionais; aparência de fatiado na hora; oferta da porção ideal, zerando risco de desperdício para o consumidor e a possibilidade de embalamento na indústria ou centrais de fatiamento.
Do observatório da Bemis, Almeida e Santos consideram que, no plano geral de flexíveis para carnes, o mercado brasileiro mostra defasagem perante países como Chile e México, uma diferença aliás encurtada no passado recente. Um dos indícios, eles deixam claro, é a ascensão das embalagens com atmosfera modificada, propelida por fatores como o uso de máquinas a form/fill/Seal (FFS) e a oferta local de gases, filmes anti fog com altíssima barreira e bandejas pré-formadas. “Seja para embalagens a vácuo ou de atmosfera modificada, também tem pesado na questão do aumento de shelf life o respeito do ponto de venda à cadeia do frio”, eles enxergam. “O setor tem optado por gôndolas refrigeradas fechadas para cortar custos de energia e, assim, os produtos desfrutam de maior estabilidade na temperatura de conservação, garantindo ou até esticando o shelf life”.

Radici: poliamidas que são vitrines da carne

Avanços na conjugação de transparência e barreira a gases e odores pontuam as novas linhas de poliamidas Radilon desenhadas pela italiana Radici para embalagens como as de carnes. “O portfólio, antes formados pelos grades CS 34 FL 100 NT e CS 38FL 100 NT, agora incorpora os copolímeros CST 30 FL e CS 38 TX”, especifica Luis Carlos Haddad Baruque, gerente de marketing e desenvolvimento técnico da subsidiária brasileira da companhia. Entre outros diferenciais do mostruário de Radilon, ele distingue a resistência ao rasgo e furo, entre as propriedades mecânicas e a facilidade de processamento na coextrusão.

Na esfera das carnes resfriadas e congeladas, a Bemis tem bombado com os filmes coex ICE, gerados em processo de resfriamento rápido. O mostruário é repartido entre películas de alta memória, indicadas para salsichas, linguiças, carnes fatiadas e frescas; filmes de alta definição (com poliéster na estrutura), destinados a embalagens com injeção de gás (fatiados, p.ex.); de alta resistência (poliamida na estrutura), para termoformados de profundidade (salsichas, peças com ossos, p.ex.) e, recomendados para FFS cook in de presunto, os filmes ICE XP (extra performance). “O mercado brasileiro de carnes cobra soluções tecnológicas como estas, abraçadas pela concorrência internacional”, acentuam Almeida e Santos.
Claire também sente vento a favor para embalagens plásticas esterilizáveis com barreira polimérica (sem folha de alumínio ou metalização) no acondicionamento de cárneos shelf stable (preservados sob temperatura ambiente em embalagem selada) “Também estão disponíveis películas que permitem assar carnes em forno a gás acima de 200ºC, a exemplo do OvenRite da Bemis e Mylar Cook da DuPont Teijin Films”, ilustra a pesquisadora. Em paralelo, ela atenta para adesão no país a tecnologias de conservação a frio, como o processamento por alta pressão. “Emprega filmes multicamada compatíveis com pressões elevadas para auso em embalagens a vácuo ou de atmosfera modificada”.
As melhorias no visual também estão no radar dos flexíveis para carnes. Alessandra Souza cita como conquistas nesse terreno os feitos relativos à redução de espessura, ao encolhimento e ganhos nos atributos ópticos. Mais específicos, Santos e Almeida chamam a atenção para o aumento de soluções em FFS, “inclusive com cantos arredondados, filmes de fundo com mais brilho e transparência e semi rígidos de espessuras distintas”. A Bemis, por seu turno, tem primado pela oferta de filmes pigmentados para fundo dos invólucros, para distinguir o produto na prateleira. Também brande para os frigoríficos filmes para tampa preta ou dourada, “expondo o aspecto premium para cárneos”, encaixam os dois executivos, lembrando ainda recursos gráficos de visualização como a impressão texturizadora aludindo a papel ou o emprego de efeitos gloss e mate na mesma arte da embalagem.

Surlyn é o selo de qualidade da embalagem

Além de prover a perfeição na selagem, o ionômero Surlyn contribui para reduzir a espessura de flexíveis com barreira destinados ao acondicionamento de carnes. “O mérito é a rigidez do material, de três a quatro vezes superior à de polietileno, trunfo também para sua resistência à abrasão”, expõe Janine Carvalho, gerente de marketing da divisão de polímeros para embalagens e aplicações industriais da DuPont. “Com Surlyn presente nas camadas internas, o filme transparente apresenta excelente resistência à perfuração, em especial quando o polímero é combinado com poliamida”, ela sublinha. Outros pontos altos dessa especialidade, segue Janine, estendem-se pela aderência direta às poliamidas e os ganhos de transparência. “Surlyn também proporciona menor índice de perdas de embalagens por problemas de hot tack, mesmo com a máquina apresentando maior variação de temperatura de selagem”, assinala a gerente. O assedio da DuPont à vedação de flexíveis com barreira para carnes é reforçado pelo polímero Appeel. “Além da integridade na selagem, oferece a conveniência da abertura fácil”, acena Janine.

Há um empuxo para a evolução de embalagens de carnes que é recente no Brasil.Trata-se da cultura gourmet. “Ela embute oportunidades para novas formas de apresentação dos produtos, em especial em atmosfera modificada e vacuum skinpack”, afirma antenada Claire. “As embalagens devem comunicar a diferenciação e conveniência dos produtos premium vinculados à categoria gourmet”, concorda Alessandra Souza. “A ‘premiumnização’ em linhas de cárneos é uma tendência forte no Brasil”, vaticinam Almeida e Santos. “A cultura gourmet se expande e o consumidor que a representa entende que o preparo de alimentos em casa pode trazer experiências satisfatórias como praticidade e comer com qualidade a custo inferior ao da ida a restaurantes. No rastro dessa cultura decerto surgirão no mercado, por exemplo, cárneos marinados e resfriados destinados ao cozimento direto nas embalagens a vácuo”, antevêm os executivos da Bemis.
Entre as tendências nas quais a Bemis deposita fichas, figura a lapidação da conveniência para o consumidor final. “Um exemplo é o sistema Ovenable, que permite ao usuário levar o produto ao forno a gás sem precisar de duas embalagens, a primária e a secundária, nem de efetuar abertura parcial antes do cozimento”, adiantam Almeida e Santos. “No forno, essa embalagem self venting se abre e libera o vapor aos poucos, deixando o produto cozido mais suculento e sem risco de estouro”. Em paralelo, eles abrem, a Bemis imerge nas possibilidades de introdução aqui de embalagens retort, soluções ‘microondáveis’ e embalagens ativas, estas munidas de absorvedores de oxigênio e aromas e de emissores de dióxido de carbono. Na trincheira da Sealed Air, Alessandra Souza destaca duas soluções de sua companhia passíveis de transposição para carnes no Brasil. Uma delas , intitulada Simple Steps, consta de um sistema para comida pronta. “Permite aos produtos serem distribuídos, comercializados e cozidos na mesma embalagem, cuja tecnologia de autoventilação facilita e apura a segurança do aquecimento em microondas e a embalagem skin a vácuo marca ainda pelo apelo visual”. A outra sacada engatilhada é Freshness Plus. “Essa solução elimina o oxigênio e odores desagradáveis residuais para cárneos embalados a vácuo, melhorando sua qualidade até o final da vida útil”, indica a líder de marketing da Sealed Air Food Care.
Tanto agito nesses desenvolvimento, associa Claire Sarantópóulos, traduz um saudável afã por abrir caminho reduzindo as perdas da clientela dos frigoríficos, em particular os exportadores. “Hoje em dia, eles buscam alternativas de embalagens para produtos shelf stable, disponíveis para venda sob temperatura ambiente, além de mais opções além do embalamento a vácuo de cárneos refrigerados e maior vida útil na comercialização refrigerada e de porções menores”, aponta a pesquisadora. “O interesse deles por embalagens ativas também é notável”.

Ionpure: um passa fora nos contaminantes

Mantida a carne bovina sob condições atmosféricas, a atividade de água e o potencial de hidrogênio causam a proliferação de micro-organismos passíveis de deteriorar o alimento, modificando sua aparência, cor e aroma. O problema do desenvolvimento microbiológico persiste mesmo sob o ambiente alterado de embalagens a vácuo ou de atmosfera modificada. Ao lado de soluções como boas condições sanitárias, o sistema de embalagem é vital para combater esse entrave e, entre os materiais empregados, desponta a alternativa dos aditivos antimicrobianos como o Ionpure, da japonesa Ishizuka Glass, comercializado no Brasil pela Adexim-Comexim.
“Trata-se de um bloqueador altamente efetivo da proliferação bacteriana, evitando a geração de odor”, atesta Carlos Celso Russo, diretor técnico da Adexim-Comexim. “Ionpure é atóxico e sua ação dura por tempo indeterminado, se bem que mostre-se capaz de proteger o alimento por mais de 10 anos”. A empresa oferece o aditivo nas linha standard e FDA, esta última indicada para exportações de produtos a países, a exemplo dos EUA, que exigem esse tratamento, informa o diretor. “Sem custo para o cliente, oferecemos testes de controle bacteriano nos laboratórios da sede da Ishizuka”, ele fecha.

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