A impressão que fica

A economia no estaleiro não baixa as velas do balanço no Brasil do grupo belga Verstraete, última palavra em rótulos in mold label (IML). Afinal, a  expectativa de vendas afagada por José Oscar Péres Filho, gerente de desenvolvimento de negócios na América Latina, é de crescimento de 10% acumulado até dezembro. Nada mal para quem estreou no Brasil em 2011 e, desde então, só vê seu negócio faiscar. “Tivemos um incremento bastante expressivo tanto no número de clientes quanto em volume de vendas”, ele atesta sucinto .
2015 começou cantando na curva, mas cenários instáveis não são novidade no mercado brasileiro, considera Péres. Os solavancos cambiais, por sinal, têm afetado os negócios, pois o mostruário de rótulos comercializado é importado de plantas na Bélgica. “Picos de valorização pontual do dólar também interferiram no resultado de  clientes, porém conseguimos crescer em 2014 e extrapolar a metas planejada para o período”, o executivo garante.
O consumo nacional de rótulos IML, percebe Péres, avança em artefatos injetados, incluindo potes, copos, tampas e baldes. O movimento cresce na esteira de transformadores em busca de aprimorar o mostruário e agregar valor às suas  embalagens, ele nota. No reduto de sopro, a empresa consolidou seus rótulos no segmento de limpeza doméstica e agora caça mais participação em óleos lubrificantes, esclarece o porta-voz. Já no flanco de termoformagem o caminho é mais lento e ainda não há instalação para esse tipo de rotulagem na América Latina. “Tenho convicção que a primeira operação terá partida em breve”, confia o gerente.
O diferencial da Verstraete ante seus concorrentes, assegura Péres, está calcado na concentração do negócio. “Produzimos somente rótulos IML e isso nos proporciona especialização e conhecimento de matérias-primas e processos, bem como domínio de tecnologia”. A Verstraete presta serviços de assistência em desenvolvimento de produto, artes e otimização de cores, além de testes com materiais e acabamento. Outro trunfo brandido é a presença global do grupo belga, ensejando rápido compartilhamento de informações, acena Péres.
O filme Orange Peel, ele distingue, é o mais representativo no portfólio da Verstraete para embalagens de alimentos no Brasil, como margarinas, queijos, geleias e sorvetes, embora não seja o de maior volume de vendas no mercado como um todo. Vantagens do produto, afirma Péres, incluem aspecto visual, com leve textura, e facilidade de aplicação. Para frascos com mais de quatro litros, contudo, Orange Peel não é recomendado. “O segmento no Brasil está baseado em rótulos com alto brilho, mais condizente com filmes lisos”, justifica.
Há, ainda, clientes trabalhando com as soluções MetallicLabels, com sofisticação e apelo visual de alto brilho, e com DoubleSidedLabels, que permite a inclusão de texto no verso do rótulo e é aplicado em tampas transparentes. Outro destaque do portfólio: a tecnologia MockUpLabels para fabricação de amostras, permitindo que o usuário visualize o layout definitivo da embalagem. “É uma ferramenta de custo bastante atraente para encurtar etapas no desenvolvimento de estratégias de marketing e de ponto de venda”, Péres assinala.
Ao longo deste ano, a Verstraete introduz no país os rótulos High Gloss, com alto brilho. “Percebemos demanda bastante alta por essa alterantiva desde o início de nossas operações aqui”, observa o gerente. Outro ás na manga é a inclusão do atendimento em português no SAC da Bélgica. “É uma iniciativa para facilitar nosso trânsito no mercado e inclui todo o material de suporte disponibilizado pela empresa”, ele completa.

Dal Maschio: na pole em IML com robôs sob medida.

Rótulos in mold label (IML) borbulham na flor da idade no Brasil. “O sistema já acumula 18 anos de mercado e sua estreia por aqui aconteceu na decoração de móveis e cadeiras injetadas com apoio em robô da Dal Maschio Itália”, rememora José Luiz Galvão Gomes, diretor comercial da subsidiária brasileira do grupo, até hoje a única fabricante no país de robôs para a transformação de plástico. Desde então, prossegue, a rotulagem no interior do molde tomou de roldão artefatos como descartáveis utilidades domésticas ou baldes industriais. Noves fora: “temos hoje em torno de 90 sistemas IML implantados no Brasil, a maioria construída pela equipe local com expertise italiana”, estima Galvão. Em regra, ele explica, cada aplicação em IML, por suas particularidades, a exemplo de tempos de ciclo ou  número de cavidades, implica desenvolvimentos de cunho mais exclusivos dos robôs. “Daí ser fundamental a nossa proximidade do cliente, auxiliando-o em quesitos como design e projeto do molde”, ilustra o executivo.
Galvão situa em 50% a participação da sua empresa no mercado de robôs IML no ano passado. “Decerto aumentaremos a fatia este ano com a desvalorização do real”, sustenta. Em contraponto, ele nota que, embora o índice de nacionalização de sua manufatura seja alto, seus custos acusarão o impacto do câmbio devido à dependência de componentes importados dos robôs, a exemplo de guias lineares, comandos pneumáticos, redutores e CNC.

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